
Fisioterapeuta formado há 20 anos,
possui especialização em Ortopedia
e traumatologia, Osteopatia e
Acupuntura. É sócio da Azzera
Clínica, Clínica multidisciplinar em
Pindamonhangaba
Você já parou para pensar o que nos motiva a acordar todos os dias e enfrentar mais um capítulo da vida? Embora essa resposta possa parecer filosófica ou emocional, a ciência também tem sua parcela de explicação sobre o que acontece em nosso corpo e mente ao longo desse processo. Metabolismo, hormônios e emoções desempenham papéis cruciais na maneira como enxergamos o dia e nas tomadas de decisões.
Emoções e percepções subjetivas são centrais na motivação diária. Momentos de alegria, conexão social ou realização pessoal atuam como reforçadores positivos, enquanto sentimentos como ansiedade ou desânimo podem dificultar a saída da cama.
A motivação para viver cada dia da melhor maneira possível é o resultado de uma sinergia entre processos biológicos e aspectos psicológicos. Embora possamos não controlar inteiramente nosso metabolismo ou a liberação hormonal, pequenas escolhas no cotidiano, como praticar exercícios, manter uma alimentação balanceada e buscar momentos de satisfação, têm o poder de criar um círculo virtuoso de motivação e bem-estar.
O metabolismo fornece a energia necessária para as funções do corpo e está intimamente conectado à nossa motivação e disposição para realizar atividades cotidianas. Durante o sono, nossas reservas de energia diminuem e assim que abrimos os olhos, a exposição à luz solar pela manhã sinaliza ao corpo que é hora de despertar e começar a se preparar para o dia e o cérebro sinaliza que está na hora de repor as reservas. Essa busca por energia vai além do café da manhã!
A regulação metabólica também está ligada ao ritmo circadiano, o “relógio interno” que controla nossos padrões de sono e vigília. O metabolismo também regula a produção de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, que são compostos químicos essenciais para o humor e a sensação de recompensa.
Esses estados emocionais também têm bases bioquímicas. Os hormônios são os grandes orquestradores do nosso comportamento. Um dos mais conhecidos é o cortisol, conhecido como “hormônio do estresse”. Ao contrário do que muitos imaginam, o cortisol não é apenas um vilão, ele também desempenha um papel fundamental nos preparos para a ação pela manhã.
Outro hormônio que merece destaque é a dopamina, associada à sensação de prazer e recompensa. Quando temos objetivos ou tarefas que nos excitam, a dopamina é liberada, nos impulsionando a agir.
A serotonina, também conhecida como “hormônio da felicidade”, não apenas melhora nosso humor, mas também contribui para a regulação do sono, apetite e capacidade de tomar decisões. Ela também está envolvida na produção de melatonina, o hormônio que regula o ciclo do sono.
O exercício físico é uma das práticas mais poderosas para influenciar positivamente o metabolismo e a motivação, pois ele estimula o metabolismo de diferentes maneiras, dependendo do tipo e da intensidade da atividade. A prática regular aumenta a energia, regula os hormônios e promove bem-estar psicológico, tornando mais fácil manter a consistência. Essa consistência, por sua vez, potencializa os benefícios a longo prazo, reforçando hábitos saudáveis e o desejo de seguir em frente. Um bom treino é quase como uma dose personalizada de felicidade!
Durante e após o exercício, hormônios como o cortisol, a adrenalina e a noradrenalina são liberados, aumentando o estado de alerta. Além disso, atividades físicas constantes ajudam a equilibrar o ritmo circadiano, melhorando o sono.
Portanto, o que realmente nos motiva a acordar todos os dias é uma combinação fascinante de química do corpo e busca por significado. Seja a expectativa por algo grandioso ou a simples promessa de aproveitar alguns prazeres, nossa biologia e nossas emoções trabalham juntas para nos guiar nessa jornada da vida.