Após o anúncio de que o Brasil será o primeiro país a oferecer a vacina contra a dengue gratuitamente, o Ministério da Saúde informou, na última segunda-feira (15), que vai priorizar a faixa etária de 6 a 16 anos na aplicação do imunizante contra a doença, com início previsto para fevereiro.
Segundo informações, a pasta pretende adquirir 5,2 milhões de doses da vacina Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, além de receber doações. Com esse montante, será possível vacinar até 3 milhões de pessoas, considerando que o esquema vacinal requer a aplicação de duas doses.
O imunizante possui aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é recomendado para a prevenção da dengue em indivíduos com idade entre 4 e 60 anos, independentemente de terem ou não contraído a doença anteriormente.
Até este ano, a única vacina contra a dengue disponível no país era a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. O imunizante, no entanto, é recomendado somente para quem já foi infectado com o vírus da dengue. Essa vacina protege contra uma possível segunda infecção, que, no caso da dengue, pode se manifestar de forma mais agressiva e levar à morte.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem o maior número de casos da doença no mundo, respondendo por metade do total global. Em 2023, o Brasil registrou um aumento de 15,8% nos registros de dengue em relação ao mesmo período do ano anterior.