Hoje falaremos sobre uma condição que acomete muitas pessoas no cotidiano, onde muitas vezes nos assusta quando ocorre, mas a evolução para cura é de bom e rápido prognóstico. A paralisia facial é uma condição que afeta os nervos e músculos da face, podendo causar a perda de movimentos em um ou ambos os lados do rosto. São vários os tipos e causas da paralisia, onde a mais comum é chamada de Paralisia de Bell.
Várias são as causas da Paralisia Facial, onde comumente vemos como prováveis causadores a mudança brusca de temperatura, o estresse, tumores, traumatismos, acidente vascular cerebral (AVC), cirurgias da glândula parótida, otites, infecções e alterações circulatórias podem causar paralisia facial. Atualmente vemos o aumento de casos devido ao aumento de cirurgias por estéticas da face.
A paralisia facial periférica, também conhecida como Paralisia de Bell, provoca enfraquecimento ou paralisia de um dos lados do rosto. Trata-se de uma reação inflamatória que envolve o nervo facial, o VII par craniano, que se comprime dentro de um estreito canal ósseo próximo ao pavilhão auricular. Essa compressão ocorre pelo edema causado pelo processo inflamatório. O que se suspeita na Paralisia de Bell é que ocorre a ação do vírus simples do herpes, onde este lesa o nervo facial, mesmo que de maneira passageira.
Os sintomas mais evidentes da paralisia facial periférica são a perda repentina dos movimentos de um lado da face e a dificuldade de realização de movimentos simples, como franzir a testa, levantar as sobrancelhas, piscar os olhos, fazer bico, dentre outros. O tratamento consiste numa interação multidisciplinar, onde o diagnóstico precoce será de primordial importância para recuperação. A interação entre médico neurologista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo é de grande ajuda na recuperação do paciente.
A fisioterapia atua para melhorar a estética facial e minimizar complicações ocorridas, visando a recuperação dos movimentos perdidos e afetados pela doença, auxiliando na estimulação da musculatura da mímica facial, da mastigação e da fala. Assim, seu objetivo é evitar contraturas e atrofia das fibras musculares. O tratamento fisioterapêutico para a paralisia facial periférica consiste na estimulação nos músculos atingidos, fazendo a inibição de atitudes viciosas e provocando movimentos recuperatórios e saudáveis. Visa restaurar a função muscular, através de terapia manual, massagem e relaxamento do lado não afetado, também, facilitação neuromuscular a fim de melhorar a coordenação motora, exercícios mímicos em frente ao espelho devido o estímulo visual e pode-se utilizar a estimulação elétrica para reativação muscular em alguns casos. A fonoaudiologia vai agir no treinamento para fala e deglutição. Além disso, sessões de acupuntura podem ser recomendadas junto à fisioterapia, uma vez que a introdução das agulhas acelera o processo devido a estimulação do ponto pela agulha. O acompanhamento terapêutico é recomendado uma vez por semana até o retorno completo da função motora e simetria da face, desde que haja retorno gradativo dos movimentos faciais em três semanas.
Em resumo, a fisioterapia desempenha um papel crucial no tratamento da paralisia facial, contribuindo para a recuperação dos movimentos e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. É importante buscar tratamento o mais cedo possível e seguir as orientações dos profissionais de saúde para obter os melhores resultados.