Nesta época do ano, tornam-se comuns as queimadas, uma prática criminosa que põe em risco grande parte de nossa fauna, flora e vegetação, além de trazer inúmeros riscos à saúde humana. A poluição do ar, juntamente com as queimadas, são problemas ambientais de consequências devastadoras para a nossa saúde. Com isso, a qualidade do ar tem se deteriorado muito ultimamente, trazendo à tona uma série de problemas de saúde.
A inalação de fumaça e fuligem originadas pelas queimadas pode causar uma série de problemas respiratórios. Entre os mais comuns estão a tosse, falta de ar, e o agravamento de doenças respiratórias preexistentes, como asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A exposição prolongada pode inflamar os pulmões, reduzindo nossa função pulmonar e aumentando as admissões hospitalares.
Outro problema está associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares. Estudos indicam que essa exposição à fumaça pode aumentar a probabilidade de ataques cardíacos e derrames. A inflamação causada pela poluição, além de afetar o pulmão, pode afetar o coração e outros órgãos vitais, exacerbando condições existentes e aumentando a mortalidade.
Os efeitos deletérios da poluição do ar e das queimadas não se limitam ao curto prazo. A exposição contínua pode causar danos permanentes ao corpo, incluindo cicatrizes nos pulmões e danos ao cérebro. Crianças e idosos são os mais vulneráveis, com um maior risco de desenvolver problemas de saúde crônicos, que se tornam particularmente graves nas crianças, devido à sua fase de desenvolvimento e maior vulnerabilidade. A poluição pode interferir no desenvolvimento adequado dos pulmões, resultando em uma capacidade pulmonar reduzida. Isso leva ao enfraquecimento do sistema imunológico delas, tornando-as mais suscetíveis a infecções.
Estudos sugerem que essa carga de poluentes pode afetar o desenvolvimento do cérebro, levando a atrasos no desenvolvimento da criança, além de problemas de comportamento e dificuldades de aprendizado.
Para minimizar os riscos à saúde e proteger tanto as crianças quanto os idosos dos efeitos nocivos da poluição, especialistas recomendam algumas medidas preventivas. O hábito de manter-se hidratado, evitar atividades físicas em horários de alta concentração de poluentes e utilizar máscaras são algumas das estratégias sugeridas. Além disso, é importante reduzir o tempo de exposição à poluição, permanecendo em ambientes bem ventilados durante os períodos críticos.
Os principais poluentes do ar incluem uma variedade de partículas e gases que podem ter efeitos nocivos, sendo os mais comuns o dióxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e o ozônio, este último que, embora seja benéfico na estratosfera, ao nível do solo é um poluente perigoso.
Devido à poluição do ar e às queimadas representarem uma ameaça significativa à saúde pública, é crucial que medidas sejam tomadas para reduzir a incidência desses eventos e proteger a população dos seus efeitos nocivos. Criar campanhas de conscientização sobre a adoção de práticas preventivas são passos essenciais para mitigar os impactos negativos na saúde.