
Eu estou num lugar muito belo, e sinto muito a falta de vocês. Alguém pode me fazer companhia? Aqui, tem cheiro de paz e os pássaros cantam dia e noite. Você já sentiu paz? É como aroma que acalma e aconchega. Feito cheiro de Deus.
Você aí, você mesmo… poderia me explicar, por favor, que desassossego é esse que sinto quando olho lá para baixo?! Eu não sei nomear o que é isso. Dói meu coração. Dói porque estamos muito longe. O que é isso que nos separa? É do tamanho de um abismo? E qual o tamanho do abismo que há de se percorrer para que mais pessoas cheguem até aqui? Se mede em metros ou é do tamanho de um coração?
E por que há tão pouca gente aqui, comigo? Onde você está? Como é esse lugar aí onde você existe e se move? Para qual direção você está indo? O que te move? Qual o tamanho do teu coração? Ele tem cor?
Não, eu não estou delirando. Esse é apenas um refúgio onde impera o Sol do meu coração e da minha consciência.
Sinto ainda que eu não existo sem você. Existimos única e, exclusivamente, por conta do amor divino.
E antes que a morte nos atropele, quero deixar meu convite; um convite coletivo. Eu preciso de todo mundo! Portanto, peço, imploro e apelo a todos vocês para que cada gesto, ação, pensamento e projeto nosso, seja em prol de construirmos, uma atmosfera de paz e solidariedade, aqui e agora?
Já pensou cultivarmos, JUNTOS, a cultura da paz, da gentileza e da união? Onde cada e todo gesto tem amor?
A Terra grita e teus filhos urram. Estamos sangrando. Minha ferida está aberta. Nos desumanizamos enquanto sociedade. Destruímos um pouco, a cada dia, a esperança e a vida. Precisamos de uma mudança de postura, de comportamento, de consciência. Ecoconsciência: esse é o meu grito.
Páre um instante, por favor. Silencie. Sinta: “qual o teu propósito?”; “qual a qualidade do que você semeia, cultiva e nutre aí dentro, ao acordar todas as manhãs?”
Por favor, vem dançar comigo nessa onda de luz dourada divina…
Vamos fazer de Pindamonhangaba aquele “vilarejo” de peitos fartos, filhos fortes, sonhos semeando um mundo real, como na música…!? Um lugar onde as portas e as janelas ficam sempre abertas para a sorte entrar? Onde todas as mesas têm pão e flores enfeitando os caminhos e os destinos?
Só depende de nós. Um gesto por minuto, e mudaremos tudo.
Outro dia eu caminhei com um beija-flor. Meu beija-flor, minha esperança.
Com amor,
Daya