
O amor fraterno é aquela chama silenciosa que aquece sem alarde. Não escolhe hora nem exige recompensa. Brota no gesto simples de dividir o último pedaço, no silêncio que escuta, na mão que ampara sem perguntar por quê.
É abraço que entende, olhar que reconhece, presença que não falha. É o laço que não se desfaz com o tempo, mas se fortalece na ausência. É saber que, mesmo distante, existe alguém torcendo por você.
O amor fraterno é resistência em tempos de pressa. É o porto onde se volta depois da tempestade. Não precisa de promessas, pois se prova no cotidiano: no cuidado, na paciência, na partilha do riso e do pranto.
Entre irmãos de sangue ou de vida, esse amor é uma raiz antiga, que se espalha sem pedir licença. É força discreta, mas firme. É escudo invisível diante das dores do mundo.
Amor fraterno é construção — tijolo sobre tijolo, com lágrimas e risos como argamassa. É saber-se parte de algo maior. É afeto sem contrato, fidelidade sem condições. E, acima de tudo, é escolha: a de permanecer, sempre.