Percorrendo de novo estes caminhos
por onde tantas vezes nós passamos,
venho, agora, encontrar somente espinhos
em vez de flores nestes mesmos ramos.
Quantas vezes, outrora, aqui sozinhos,
o amor que nos prendia, confessamos,
e ao murmúrio das aves que nos ninhos
se amavam, quantas vezes nos amamos!
Tudo em torno de nós, era beleza
e alegria, mas, longe de teus braços,
vejo, agora, tristonho, a natureza,
que nos transforma neste exílio atroz,
faltando-lhe o murmúrio dos teus passos
e o encantado langor de tua voz!