Uma das tradições natalinas mais reconhecidas é a montagem do presépio, maquete que representa o nascimento de Jesus Cristo. A prática remonta à Itália medieval, sendo atribuída a São Francisco de Assis, que em 1223 pediu autorização à Igreja Católica para montar a primeira representação — já que esse tipo de recurso visual ainda não era permitido. A iniciativa surgiu em um contexto no qual a maioria dos fiéis não sabia ler ou escrever, tornando essencial o uso de imagens para facilitar a compreensão das histórias bíblicas.
No Brasil, o presépio foi introduzido pelos portugueses. Registros apontam que o primeiro presépio conhecido no país foi montado em 1552, pelo Padre José de Anchieta, durante seu trabalho de catequização dos povos indígenas.
Em Pindamonhangaba, nos anos 2000, os presépios criados por Sérgio Dias tornaram-se parte afetiva do Natal local, conhecidos pela criatividade e riqueza de detalhes. Em 2005, ano do tricentenário da cidade, Sérgio produziu um presépio especial em homenagem a Pinda, com miniaturas de pontos turísticos do município. A tradição atraía cerca de 2 mil visitantes por ano ao bairro do Crispim.
Apesar do sucesso, Sérgio relatava dificuldades para manter o costume vivo. “O presépio é o sentido do Natal. Mas, hoje, as pessoas se preocupam com outras coisas, valorizam festas, presentes… e não é esse o espírito natalino. Não podemos deixar essa tradição acabar”, afirmou à Tribuna na época.
