Implantado oficialmente em 6 de junho de 2022, o Cravi (Centro de Referência e Apoio à Vítima) já atendeu em Pindamonhangaba 132 famílias vítimas de algum tipo de violência. O equipamento é um programa da Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo, em parceria com a Prefeitura de Pindamonhangaba, através da Secretaria de Assistência Social, e conta com o apoio do Ministério Público.
Nesta sexta-feira, 10 de novembro, autoridades municipais estarão visitando a instituição para o descerramento da placa que denomina como patrona da unidade a jovem Juliana Fernandes Cândido, que em maio do ano passado teve sua vida tirada brutalmente na porta do colégio onde estudava. Através de um projeto do vereador Marco Mayor, a homenagem foi realizada destacando a importância do acolhimento a familiares vítimas de qualquer tipo de violência.
Das 132 famílias que já passaram em atendimento, 86 famílias eram casos Cravi, nas quais foram atendidas no âmbito social, psicológico e jurídico. Atualmente, 23 famílias estão em acompanhamento, sendo 15 casos de homicídio, 07 de feminicídio e 01 de latrocínio. A Equipe Técnica, atualmente, é formada por Oficial de Administração, Assistente Social e Psicóloga e mantém a busca ativa para os novos casos que vão surgindo.
“Por isso é importante firmar sempre boas parcerias junto às delegacias do município e da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Esse equipamento vem obtendo um resultado sensacional pois dá todo apoio às famílias e ressaltamos o caso mais recente de apoio social e psicológico para os sobreviventes e familiares das vítimas fatais do acidente com a torcida do Corinthians”, frisou a secretária de Assistência Social, Ana Paula Miranda.
Sobre o Cravi, localizado à Rua José Antônio Salgado, 101, bairro do Bosque, é um equipamento público e gratuito, de portas abertas. O fluxo de atendimento compreende a fase de escuta, para identificar se é demanda Cravi e em caso negativo a vítima é encaminhada para a rede de acolhimento do seu município. Na sequência, os profissionais realizam o acolhimento psicossocial e posteriormente o acompanhamento social, psicológico e jurídico.
Para ser atendida, a vítima não precisa de encaminhamento e Boletim de Ocorrência, e não existe prescrição do crime para a vítima buscar o atendimento. O acompanhamento da vítima é realizado semanalmente e não tem prazo para término, podendo ser presencial ou online (através de videochamada e WhatsApp). Os atendimentos psicológicos podem ser individuais ou em grupo, e todo tipo de atendimento é realizado de forma sigilosa, sem produção de provas para processos judiciais.
Para acessar o Cravi, basta ir à unidade com documento de identificação. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 3550-0507 e 3550-0508.