A Biblioteca Municipal Rômulo Campos D’Arace recebeu, na última sexta-feira (4), o quinto encontro do projeto “Literatura Viva: Escritoras Brasileiras”, uma iniciativa que busca valorizar a literatura nacional e dar visibilidade a importantes autoras brasileiras. O encontro destacou a vida e obra da maranhense Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista brasileira.
O grupo de estudo conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Pindamonhangaba e foi realizado pela Casa Cinematográfica, em parceria com o Instituto Artístico e Cultural Arte Mais (IACAM), e contemplado pelo Fundo de Apoio às Políticas Culturais de Pindamonhangaba (FMAPC).
Durante o encontro, foram compartilhadas passagens de obras marcantes da autora, como Úrsula – considerada o primeiro romance abolicionista da literatura brasileira – e A escrava, além de poemas e composições de Maria Firmina dos Reis. Assim, foi marcado o encerramento da primeira etapa do projeto, que ao longo das últimas semanas apresentou o estudo de cinco escritoras: Ruth Guimarães, Hilda Hilst, Carolina Maria de Jesus e Maria Firmina dos Reis.
A atriz Idiane Dias trouxe reflexões sobre o pioneirismo de Maria Firmina em um contexto de opressões sociais. “É urgente revisitarmos as vozes silenciadas da nossa literatura. Maria Firmina dos Reis escreveu com coragem em um tempo em que mulheres negras eram quase invisíveis na cena literária brasileira”, destacou.
Para a bibliotecária Carmen Pamplin, receber um projeto como esse fortalece o papel da biblioteca como espaço de reflexão e troca de saberes. “Eventos como o Literatura Viva promovem uma conexão entre passado e presente, incentivando a leitura crítica e o reconhecimento de nomes que ajudaram a construir nossa identidade cultural”, afirmou.
Em breve, o projeto iniciará a segunda etapa com apresentação de esquetes sobre a vida e obra das autoras estudadas em escolas e espaços culturais de Pindamonhangaba. A primeira apresentação será realizada na quarta-feira (23), às 20h30, no SENAC.
