A sociedade contemporânea trouxe diversas tecnologias que facilitam e agilizam nossa vida. No entanto, essa evolução também abriu espaço para vários golpes que utilizam esses recursos tecnológicos. Diante disso, é fundamental uma pausa para refletir sobre como redobrar a atenção e evitar possíveis e indesejáveis prejuízos.
Em primeiro lugar, é importante lembrar que nenhum sistema é infalível, e, por isso, a atenção deve ser redobrada em relação aos detalhes de qualquer operação. Em alguns casos, empresas prestadoras de serviço falham na proteção tecnológica e na comunicação com os consumidores. Nesses casos, é possível recorrer ao Poder Judiciário para obter ressarcimento dos prejuízos.
Os golpes mais comuns atualmente envolvem bancos e financiamentos. O mais importante a saber é que bancos e financeiras não entram em contato com os clientes, exceto quando o gerente, que já se apresentou pessoalmente ou está indicado no aplicativo, faz isso. É comum que golpistas se façam passar por funcionários do banco, solicitando senhas e confirmações. No entanto, o banco jamais entra em contato dessa maneira.
Independentemente de quão precisas sejam as informações fornecidas, se for solicitado que você forneça dados pessoais como senha, confirmação de conta, compras ou bloqueios de cartão, desconfie: não é o banco. O medo pode ser um mau conselheiro, então é essencial não atender o telefone, não responder mensagens de WhatsApp e não fornecer informações ou confirmar dados sem uma verificação adequada. Mesmo que o contato tenha o logotipo e as cores do banco, ainda assim pode ser um golpe.
Outro ponto importante é que o banco nunca pedirá sua senha por telefone ou mensagem de texto. Se o contato fornecer outro número para retorno, desconfie, pois não será o banco. Além disso, não existe nenhuma situação em que o banco solicite filmagens ou fotografias da tela do terminal de atendimento. Mesmo que o número de contato seja o que está no cartão bancário, um detalhe que geralmente indica fraude é o DDD ser diferente do habitual.
Se o contato parecer vir de um familiar, o melhor é tentar falar com ele por outro dispositivo. Esses golpes têm o objetivo de retirar dinheiro dos consumidores, por isso é sempre necessário estar atento.
Infelizmente, a maioria das instituições financeiras não cumpre adequadamente os princípios do Código de Defesa do Consumidor, especialmente no que diz respeito à informação. Embora os bancos tenham conhecimento da maioria desses golpes, não informam seus clientes de maneira eficaz, preferindo concentrar suas comunicações na venda de novos produtos.
Outro fator é a presença de funcionários em caixas eletrônicos durante o horário bancário, algo determinado pelo Banco Central, mas que muitas vezes não é observado. Quando isso acontece, os bancos podem ser responsabilizados pelos danos causados. Por isso, na maioria dos casos, é possível obter ressarcimento por meio de ação judicial específica.