Um dos pilares da saúde integrativa é a compreensão que somos um todo – mente, corpo, espírito. Dentro do Yoga e outras práticas integrativas e complementares, sabe-se que não há separação
entre mente e corpo. São indissociáveis
No corpo, todos os nossos sistemas funcionam de forma integrada. O funcionamento do sistema circulatório, por exemplo, vai repercutir no sistema respiratório e vice-versa. O curioso é que no ambiente pedagógico, na escola, nós aprendemos as disciplinas, os sistemas de forma separadas. Como se fossem independentes um do outro. Porém, está tudo interligado: física, química, matemática, geografia, etc. Separa-se por áreas, porque entende-se que é mais pedagógico, e para que possamos entender algumas particularidades de cada disciplina. Entretanto, nem todos desenvolvem condições ou são ensinados a fazer os “links” necessários entre uma “coisa” e outra.
Percebemos, por exemplo, que quase ninguém reflete porque deixar a torneira ligada desnecessariamente pode ser prejudicial para o Planeta Terra. Porque consumir carne pode ser prejudicial ao meio ambiente, enfim; essas e outras reflexões tornam-se cada vez mais urgentes.
Vocês já observaram, por exemplo, se na escola de vocês ou dos filhos de vocês havia ou há espaço para o corpo?
É pelo corpo e suas experimentações que vamos construindo o nosso repertório psicomotor. E esse repertório vai estar diretamente ligado ao nosso desenvolvimento e amadurecimento psicológico. Responda, sinceramente: você consegue perceber o seu corpo? E as emoções, no corpo? E as sensações que aparecem no seu corpo, agora?Há a compreensão do tônico emocional?
Tudo isso, nós trabalhamos na prática de Yoga.
Nós ensinamos, nós guiamos para o caminho do auto-conhecimento profundo. Ensinamos as crianças, e todos que chegam a respirar corretamente. Reconhecer o ritmo da respiração e compreender o seu estado emocional, naquele momento. Aprendemos a alterar uma emoção, através da respiração. Ensinamos a reconhecer um sentimento.
O Yoga nos faz perceber sensações psicomotoras de forma vivida, sentida. Uma experiência única que se “instala” no corpo. Na memória do corpo. Percebemos que Empatia, por exemplo, é uma capacidade psicológica que é desenvolvida durante as práticas de Yoga. E não, um valor ou uma imposição moral da sociedade que recai sobre nós.
Alguns de nós sempre fomos empáticos. Outros, nem tanto. Mas Yoga nos ensina que empatia, compaixão podem ser desenvolvidas. Podem ser aprendidas.
Estudos científicos nos mostram que meditar em compaixão, desenvolve-se compaixão. Meditar na bondade, no amor, desenvolve-se bondade e amor.
Então, me respondam: Yoga não deveria ser inserido nas escolas? Nos presídios? Nos CAPS, NAPs e outros aparelhos que visam a ensinar, educar, reinserir o homem na sociedade e colaborar com a construção de um mundo melhor?
Eu acredito que se caminharmos em direção ao que é bom e próspero, essa será a nossa realidade. Eu já estou construindo o futuro agora: todo domingo, às 9h tem prática de Yoga gratuita no Bosque da Princesa. Permita-se!
Com amor, Daya.
Daniela Araújo –
“Daya, Terapeuta da Alma” é Psicóloga, idealizadora do Instituto Daya Shakti, atua na área de Saúde Integrativa do município