Eu a esperava, trêmulo. Em redor
o silêncio rondava. Entardecia.
Febril por lhe beijar a boca em flor,
a esperá-la, meu Deus, como eu sofria!
Em vão o meu olhar indagador
pela deserta estrada se estendia…
- De vez se fora Apolo abrasador,
- Vesper, no céu da tarde, refulgia.
Desesperado, em minha dor arfando,
do “rendez vous” a maldizer a história,
vou para me ir… mas eis que se não quando,
Sinto-lhe o aroma – antes de ouvir-lhe os passos,
que vinha à frente anunciar-me a glória
de tê-la, enfim, depois, entre meus braços!
Cesidio Ambrogi,
Tribuna do Norte, 5/5/1921