
O jornal Tribuna do Norte celebra seus 143 anos de fundação com a abertura de uma sala de exposição no Shopping Pátio Pinda no último dia 18 de junho. O espaço foi criado para homenagear a longa trajetória do periódico, que é um dos mais antigos em circulação no Brasil.
Na sala, os visitantes podem conhecer capas históricas, fotos, maquinários utilizados na impressão e curiosidades sobre o processo jornalístico ao longo do tempo. A iniciativa busca valorizar a imprensa regional e preservar a memória cultural de Pindamonhangaba. Com entrada gratuita, a exposição ficará aberta ao público até o dia 31 de julho, sempre das 13h às 18h, durante o horário de funcionamento do shopping. Também estão previstas atividades educativas para escolas e visitas guiadas.
A proposta é transformar o espaço em um ponto de encontro entre o passado e o presente da comunicação. Com 143 anos, a Tribuna do Norte reafirma seu compromisso com a informação e a história local.
Fala Mulher
A inauguração contou com a realização do Clube de Leitura ‘Fala Mulher’, idealizado pelo jornal, pela mediadora Angelita Claudino e a bibliotecária Carmen Pamplin. A convidada do encontro foi a fisioterapeuta Anna Victoria, que abordou a Biblioterapia.
O encontro reuniu um público interessado em discutir as muitas interpretações de um texto proposto aos presentes, entre eles alunos do EJA do bairro Bem Viver.
“Fica explícita a necessidade de ações com o Clube de Leitura Fala Mulher, com o objetivo de apresentar a leitura como algo que gere conexão, que dialogue com a realidade cotidiana, trazendo a pessoa, aos poucos, para o mundo literário. É nesse espaço que essa mulher vai se conectar, se identificar e, aos poucos, perceber que os livros têm histórias de pessoas reais que já viveram situações semelhantes às que ela mesma já viveu ou está vivendo neste momento”, salientou a mediadora Angelita Claudino.
A roda de conversa, onde todas são convidadas a falar e se expressar, é fundamental para a criação de vínculos. Aos poucos, essas mulheres vão se interessar e buscar novas leituras para reviver aquele sentimento que puderam acessar no momento do nosso encontro. Muitas vezes, ela pode até não dizer nada, mas vai embora com diversas reflexões.
Pensando no contexto atual, segundo o IBGE, “três em cada dez brasileiros com idade entre 15 e 64 anos não sabem ler e escrever, ou sabem muito pouco, a ponto de não conseguirem compreender pequenas frases ou identificar números de telefone ou preços.”
“Sei que é um trabalho de formiguinha. Sei que, principalmente, esse público citado na pesquisa do IBGE tem muitas outras necessidades que ainda não estão sendo atendidas. Necessidades essas que são urgentes para a manutenção da vida. Porém, a leitura pode ser um lugar para acalentar a alma e um meio para buscar novos caminhos, inclusive para atender outras necessidades fisiológicas, que podem ser supridas por meio de melhores condições de trabalho — e por aí vai. São diversas as possibilidades que o acesso à leitura pode nos proporcionar”, disse a bibliotecária Carmen.
O encontro do clube do mês de julho também será realizado no espaço da sala em data a ser confirmada.