
Nossa equipe entrevistou a Dra. Juliana Marques, médica no Hospital 10 de Julho da Unimed Pindamonhangaba, sobre os principais sintomas e cuidados em casos de intoxicação por metanol.
“Em primeiro lugar, existe a necessidade de ter sido exposto à ingestão de bebidas de origem duvidosa, sem saber a procedência. Normalmente são bebidas destiladas — gin, vodka e uísque — e os sintomas podem surgir de 6 a 24 horas após a exposição. São bem comuns e fáceis de serem confundidos com alguma outra doença. Normalmente são dores abdominais, náuseas, vômitos e dores de cabeça, confundindo com a ressaca, o que faz com que as pessoas deixem de procurar o serviço médico”, explicou.
Além disso, a médica também salientou que, dependendo da quantidade de substância ingerida, podem surgir quadros mais graves, como alterações visuais e neurológicas, principalmente. “As medidas são a coleta de exames iniciais, além de saber todo o histórico do paciente. Como sabemos, o metanol é muito tóxico ao organismo. Devido a isso, serão realizados exames de sangue, gasometria, uma alta hidratação e, em alguns casos, até fazer o uso da hemodiálise”, disse.
Dra. Juliana ainda salientou que as principais sequelas nestes casos são: cegueira — uma vez instalada, é irreversível —, além de lesões nos órgãos, podendo chegar até a morte.