
Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre a Doença de Alzheimer, uma condição neurodegenerativa que afeta a memória, o comportamento e a autonomia de milhões de pessoas no mundo. Conhecido como Setembro Lilás, o período faz alusão ao Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, celebrado no Brasil em 21 de setembro e instituído pela Lei nº 11.736/2008. A campanha busca promover informação, estimular diagnósticos precoces e ampliar o debate sobre a prevenção e os cuidados necessários para quem convive com a doença.
De acordo com dados da campanha, o Alzheimer atinge cerca de 1,2 milhão de brasileiros, com aproximadamente 100 mil novos diagnósticos por ano. No mundo, mais de 50 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência, sendo o Alzheimer responsável por até 70% dos casos. As projeções indicam um cenário ainda mais preocupante: até 2050, esse número pode triplicar, chegando a 131,5 milhões de pessoas.
Em Pindamonhangaba, a unidade da rede Supera – Ginástica para o Cérebro tem trabalhado para ampliar a conscientização e oferecer ferramentas práticas de prevenção. O diretor local, Rafael Claro, destaca que o Setembro Lilás é essencial porque “traz luz a um tema que muitas vezes fica restrito às famílias que convivem com a doença. Quando a sociedade fala sobre Alzheimer, conseguimos promover conscientização, reduzir preconceitos, estimular diagnósticos mais precoces e reforçar a importância da prevenção”.
Segundo Rafael, existem pilares fundamentais para manter o cérebro saudável ao longo da vida: exercitar a mente com desafios cognitivos, praticar atividades físicas regularmente, cuidar da alimentação e do sono, controlar o estresse, manter relações sociais e realizar acompanhamento médico frequente. “A interação humana é um fator protetor muito importante, e os estímulos constantes ajudam a fortalecer a reserva cognitiva”, explica.
O especialista reforça que não existe uma idade exata para começar a cuidar da saúde do cérebro. Embora os sintomas sejam mais comuns após os 65 anos, o cuidado deve começar cedo. “A prevenção é um processo ao longo da vida. Os jovens também precisam ter atenção, principalmente quando existe histórico familiar ou fatores de risco”, afirma.
Outro ponto importante é reconhecer os sinais de alerta logo no início. “Alterações de memória que atrapalham a rotina, mudanças de comportamento ou dificuldade em realizar tarefas simples merecem atenção. O primeiro passo é conversar com a família, registrar os sinais e procurar ajuda médica”, orienta. Segundo ele, o ideal é buscar um geriatra ou neurologista assim que os sintomas surgirem.
Ao deixar uma mensagem para os moradores da cidade neste Setembro Lilás, Rafael Claro reforça: “Cuidar do cérebro é cuidar da vida. O Alzheimer não afeta apenas a pessoa diagnosticada, mas toda a família. Com informação, prevenção e acolhimento, podemos transformar essa realidade. O Supera Pindamonhangaba está de portas abertas para apoiar a comunidade nessa jornada e reforçar que nunca é cedo demais para começar a cuidar da mente”.