Setembro Amarelo é um período voltado à prevenção do suicídio. Esta triste realidade é uma das três principais causas de óbito entre jovens com idade entre 15 e 29 anos ao redor do mundo, sendo que no Brasil a maioria desses casos tem relação com problemas de saúde mental. Em primeira instância, a depressão, seguida pelo transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Segundo informações de Tatiana Santos, psicóloga que atua junto à equipe da Diretoria de Ensino com a Psicologia Escolar, auxiliando as equipes nos enfrentamentos ligados à saúde mental e Conviva, “a grande dificuldade está no fato de que muitas pessoas ainda se sentem envergonhadas e com receio de debater abertamente este relevante problema de saúde pública. Um assunto proibido, enraizado em nossa sociedade por muitos anos, que não desaparece sem a ação de todos em conjunto”, disse Tatiana.
Atuando no programa psicólogo na escola, sua função é constante na observação e acolhimento dos estudantes no processo de humanização dentro desse cenário. “Como psicóloga educacional, pude perceber que o sofrimento emocional dos alunos está cada vez mais visível e intenso. Por isso, tenho procurado incansavelmente ampliar o alcance do trabalho coletivo com palestras e debates, abordando temas relevantes relacionados à saúde mental e suas implicações. Acredito firmemente que essa ação contribui para aumentar a conscientização sobre saúde mental em geral, atingindo assim um número maior de pessoas em sofrimento, as quais encontram um ambiente propício para dialogar e contar com o suporte disponível nas escolas”, enfatizou.
É por meio de uma escola mais acolhedora e humanizada que podemos enfrentar o tabu e os preconceitos associados às doenças mentais, que afetam de forma significativa a humanidade.