A vida é protagonista tanto aqui como acolá. E a manutenção desta vida virou assunto quando dois atletas, o suíço Adrien Briffod e a belga Claire Michel, contraíram infecção intestinal pela bactéria Escherichia coli (E. coli) após competição no Rio Sena, em Paris, a cidade tão almejada por nós. A infecção por E. coli causa dor abdominal, diarreia, vômito, dores ao urinar, sangue nas fezes ou na urina e febre. Competir neste rio tornou-se ameaça à saúde dos atletas, de acordo com os comitês olímpicos. Portanto, esse fato faz emergir, mais uma vez, a discussão mundial sobre os rumos e a importância do cuidado com o meio ambiente.
Ora, a nossa vida, a fauna, a flora e todo o Planeta Água estão sob ameaça, há tempos, caso medidas sérias a curto e a longo prazo não forem tomadas. Cientistas, governantes e membros da sociedade civil têm feito alertas constantes sobre esse fenômeno. E assistimos – há pouco – à tragédia no Rio Grande do Sul, as queimadas no Pantanal, os terremotos e tornados devastando tudo do outro lado do mundo. Não faltam notícias e fatos na nossa tela.
Fica o convite à reflexão, tanto a nível individual como coletivo. Poderia enumerar os questionamentos sobre o tema, mas não caberia nesta coluna.
Por outro lado, enfim… Nossas atletas brilhantes Simone, Rebeca, Raíssa destacaram a importância da terapia e do cuidado com a mente para se obter um bom resultado nas Olimpíadas. Fortes e resilientes, elas brilharam. Esporte, terapia, alimentação e afeto (família, equipe, amigos) demonstram ser aliados que fazem toda a diferença. Para quem desconhece ou nunca fez, a terapia visa, sobretudo, o autoconhecimento. Quem se conhece tem mais chances de fazer escolhas assertivas, reconhecer os próprios defeitos e trabalhar em cima deles, assim como valorizar as próprias qualidades, lapidando-as. Emoções como raiva, tristeza, medo são reconhecidas e, no acolhimento das mesmas, e/ou no reconhecimento das suas causas, tudo vai se acomodando de um modo singular e genuíno dentro de nós. Como se a alma ficasse quentinha, sabe?
Com bastante humanidade, na nossa imperfeição humana, nos aperfeiçoamos no setting terapêutico. Desenvolvemos resiliência, adotamos um olhar mais compassivo para nós mesmos. Mais amor, por favor! E tudo isso colabora para o estado de paz e foco necessário para seguirmos na jornada do herói. Então, não é exagero afirmar que terapia é caminho árduo, bonito, nada raso e fundamental para chegarmos ao “pódio” da vida. Sabendo que não é sobre ganhar ou perder, mas sobre como trilhar o caminho quando nos deparamos com as pedras.