“Cada um na sua” é mais do que um ditado — é quase uma filosofia secreta.
No grande palco da vida, há quem dance valsa, quem improvise jazz, quem invente passos próprios só para contrariar. E tudo bem.
Há quem acorde cedo para correr maratonas e quem prefira virar páginas até tarde, em silêncio. Há quem ame o barulho das multidões e quem encontre paz no canto de um café esquecido.
Cada um carrega sonhos, medos e manias que, vistos de longe, parecem estranhos, mas, de perto, fazem sentido. Nem toda estrada precisa cruzar outra. Nem toda opinião precisa disputar um pódio.
Às vezes, o que falta é justamente isso: respeitar o compasso do outro sem tentar mudá-lo. Aceitar que há quem veja beleza no que jamais chamaríamos de belo.
“Cada um na sua” é um convite à liberdade mútua, um pacto silencioso de respeito. Não é indiferença; é sabedoria. É entender que coexistir é uma arte e que, no fundo, viver é uma dança onde nem sempre é preciso seguir o mesmo ritmo — mas sim reconhecer a música única que toca em cada coração.