Psicodélico é um termo de origem grega, que diz respeito a um estado alterado da mente, onde o sujeito – sob o efeito de uma substância oriunda de uma planta ou mais de uma planta mestra das Américas (por exemplo, a Ayahuasca) provoca alteração dos estados de consciência. Há quem denomine essas “drogas” de enteógenas e há quem afirme que são alucinógenas. É uma Psicoterapia, se bem assistida, extremamente benéfica para o tratamento de alguns transtornos psiquiátricos, tais como a depressão e a ansiedade.
Na Austrália foi autorizado o uso medicinal de MDMA (ecstasy) e psilocibina (princípio ativo dos cogumelos), enquanto o Brasil segue no retrocesso, no que diz respeito à farmacoterapia psicoterápica com drogas alteradoras de consciência. Naquele país, dois pacientes com Transtornos de Estresse Pós-Traumático, receberam as primeiras prescrições de MDMA. Psicodélicos são substâncias que promovem alteração da consciência e têm sido cada vez estudados pela ciência.
“Ansiedade e depressão são dois dos transtornos psiquiátricos mais comuns mundialmente, ambas as condições apresentam uma complexa gama de sintomas e níveis de intensidade. Embora muito se tenha avançado no que diz respeito aos tratamentos farmacológicos tradicionais para essas doenças, com o desenvolvimento de moléculas mais seletivas e que apresentam maior segurança aos pacientes, ainda existem uma série de contratempos e obstáculos que as acompanham, tais como efeitos colaterais, ineficácia dos fármacos, resistência inerente do indivíduo, desenvolvimento de tolerância, toxicidade relacionada à dose, potencial de abuso, entre outros” (PENN AND TRACY, 2012; MUTTONI et. al, 2019; PACHER AND KECSKEMETI, 2004).
Seriam os psicodélicos uma alternativa bastante promissora a essa demanda? Vale a pena acompanhar os avanços científicos e mantermos a mente aberta. Os estudos e as experiências têm sido bastante promissoras.