A Prefeitura de Pindamonhangaba está realizando ações em conjunto das secretarias de Meio Ambiente e de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, para monitorar a possível infestação de carrapatos no Bosque da Princesa.
Recentemente, houve a circulação de uma informação falsa nas redes sociais do município, alegando que o Bosque da Princesa estava “infestado de carrapatos que causam febre maculosa”. Entretanto, a Prefeitura esclarece que essa notícia não procede, uma vez que o carrapato Amblyomma sculptum, potencial transmissor da Febre Maculosa Brasileira, não está presente na região e não há registros de casos dessa doença sob controle da Vigilância Epidemiológica local.
O monitoramento realizado identificou uma situação pontual de carrapatos, algo normal para esta época do ano, especialmente em áreas verdes como o Bosque da Princesa. Especificamente, foi notado que capivaras, que são portadoras de carrapatos, chegam às margens do Rio Paraíba no Bosque, o que pode trazer carrapatos para o local. Nesse contexto, a abordagem adequada é intensificar a limpeza da área, em vez de utilizar venenos em espaços verdes, a fim de evitar desequilíbrios ecológicos.
As práticas de zeladoria do Parque envolvem a realização diária de serviços de limpeza e corte de vegetação, mantendo a grama aparada. Esse cuidado contribui para reduzir os abrigos de carrapatos, expondo-os a predadores naturais como aves e à luz solar.
A secretária de Meio Ambiente, Maria Eduarda San Martin, enfatiza que a preocupação da população é compreensível, porém a informação sobre o Bosque estar infestado de carrapatos não tem fundamento. A orientação é que as pessoas evitem se aproximar das margens do rio, onde a presença de carrapatos é mais provável.
Além disso, está em fase de teste no Brasil um carrapaticida biológico que não prejudica o meio ambiente nem a saúde de seres humanos e animais. Esse produto à base de fungo (Metharizium anisopliae IBCB425) combate os carrapatos e encontra-se em processo de testes e aprovação pela ANVISA e órgãos técnicos. Só após a validação de sua eficácia é que receberá a certificação para ser utilizado durante o período de uso das áreas pelo público.