
O tenente Luis Muller detalhou os principais riscos e as orientações para evitar acidentes graves.
Com a chegada dos meses mais quentes, que aumentam o fluxo de pessoas em cachoeiras, rios e trilhas, o Corpo de Bombeiros intensifica os alertas de prevenção. Em entrevista ao podcast Café & Cia, o tenente Luis Muller, atual comandante do 11º Grupamento de Bombeiros em Pindamonhangaba (já comandou os quartéis de Aparecida, Guaratinguetá, Potim e Cunha), detalhou os principais riscos locais e as orientações cruciais para evitar acidentes graves.
O tenente destacou que a região possui ocorrências muito diversificadas, que vão desde acidentes na rodovia Presidente Dutra até resgates nas serras da Bocaina e da Mantiqueira. Para os frequentadores de cachoeiras, a principal orientação é “não abusar. Procure conhecer o local”, e alertou que “bebida alcoólica com esse tipo de local não combina”. Aos aventureiros em trilhas e montanhas, o conselho é claro: “contrate um guia. Não queira se aventurar sozinho”, citando o perigo de pessoas inexperientes que se perdem ou se machucam ao seguir rotas encontradas na internet.
Com a proximidade do verão, os cuidados com crianças em piscinas devem ser redobrados. “Qual que é a distância segura para você ter? É sempre a distância de um braço”, explicou Muller, observando que isso permite socorrer a criança imediatamente.
Em relação às chuvas fortes e alagamentos, a instrução para quem fica ilhado dentro do carro é “ligar o 193 e acionar o socorro especializado”. Ele foi enfático ao proibir a saída do veículo: “não tente sair ali, principalmente se tiver a correnteza, porque a correnteza ela é traiçoeira, ela pode levar a pessoa”.
O tenente ainda orientou sobre como agir em casos de afogamento. A primeira ação deve ser sempre ligar para o 193. O tenente desaconselhou fortemente que a população tente salvar a vítima entrando na água. “O que que a gente não orienta? A pessoa se lançar às águas para tentar resgatar aquela vítima”. Segundo ele, a vítima em desespero “quer ficar na superfície, ela quer respirar” e pode acabar “afundando a outra pessoa”. A forma correta de ajudar é fornecer um objeto flutuante, como “uma bola”, “garrafa PET” ou estender um galho ou corda para puxar a pessoa até a margem.
Ao final, o tenente Luis Muller fez um balanço da “Operação Romeiros”, que cobre o período de peregrinação religiosa de setembro a dezembro. Ele informou que o Dia da Padroeira, 12 de outubro, foi “bem tranquilo”, sem ocorrências graves. Muller também observou que o circuito religioso cresceu, com foco não apenas em Aparecida, mas também em Guaratinguetá e na Canção Nova, em Cachoeira Paulista.
A entrevista completa está disponível no canal de Youtube da Tribuna: www.youtube.com/@tribunadonortepinda
 
				








 
								 
			
		 
			
		