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Pinda preserva patrimônio com restauro das igrejas São José e Matriz

O restauro das igrejas São José da Vila Real e Matriz segue avançando em Pindamonhangaba com apoio de recursos captados por meio da Lei Rouanet, parcerias com empresas e apoio do poder público. Já foram obtidos recursos da Tenaris e um da Novelis, de R$ 600 mil, além de tratativas com outras empresas. “Assim como nossos trabalhos, temos procurado as instituições da cidade, com apoio da Prefeitura para obtenção de mais recursos via Lei Rouanet. Temos tratativas em andamento e aguardamos o desenrolar”, disse padre Kleber Rodrigues.

A Prefeitura de Pindamonhangaba, por meio das secretarias de Obras e Planejamento e de Cultura e Turismo, tem dado total apoio ao projeto. “O mérito de todo esse trabalho é de competência e liderança do nosso querido Padre Kleber, que abraçou com muito amor essa causa, ao lado do Conselho de Patrimônio. Cabe a nós dar total apoio e suporte para que esse trabalho prossiga e que num futuro breve a nossa tradicional Igreja de São José reabra as portas para nossa comunidade”, afirmou o prefeito Ricardo Piorino.

“Também temos mantido conversas com a Câmara de Vereadores. Dos 11 vereadores, sete se comprometeram a nos ajudar com emendas, de aproximadamente R$ 100 mil cada. É um processo que envolve muitas pessoas, tem um tramite demorado, mas temos muita fé em Deus que dará certo e em um futuro próximo poderemos reabrir a Igreja São José para visitas e missas”, completou padre Kleber.

“Ficamos muito felizes com o avançar do restauro do Panteão Nacional, Igreja São José da Vila Real, onde já estamos indo para a terceira fase”, destacou a presidente do Conselho do Patrimônio Cultural, Ana Maria Guimarães.

Sobre os serviços de restauro, já foi realizado o trabalho de revitalização da parte externa, com reboco refeito, impermeabilização, vistoria no telhado e nas calhas, além de detalhes na frente da igreja. Também estão sendo executados trabalhos nas portas. “São muitos detalhes e atividades, muita parte técnica. Temos que verificar onde é construção de taipas e onde é alvenaria. Ainda precisamos de ações de infraestrutura nos arcos da igreja, serviços que vão aparecendo conforme o restauro avança”, explicou o padre.

Para Ana Maria Guimarães, “como Panteão Nacional, a igreja se torna um símbolo da gratidão e do respeito que devemos aos nossos heróis. É um local de peregrinação para aqueles que buscam entender melhor a história do país e se inspirar nos valores de coragem e patriotismo. Por isso, nosso Conselho luta intensamente para honrar a memória desses bravos homens e preservar a história da Igreja de São José da Vila Real”.

Igreja Matriz

O restauro da Igreja Matriz começou em 2019, após um convênio entre a igreja e a Universidade de Taubaté. Na ocasião, a Unitau enviou um professor de arquitetura e dois estagiários para realizarem o levantamento dos dados da igreja e de toda a situação.

“Só não foi elaborado o projeto pela Lei de Incentivos, porque não tinha documentação regularizada. Agora, a Mitra Diocesana conseguiu legalizar a documentação e o Padre Kleber tem conseguido muitas benfeitorias com a ajuda dos fiéis, restaurando a igreja sob a supervisão do Conselho do Patrimônio Cultural”, justificou a presidente da instituição. Ela reiterou a importância histórica da igreja, que é tombada pelo Município.

De acordo com padre Kleber Rodrigues, a partir do estudo em parceria com a Unitau nasceu um projeto de restauro, cuja primeira fase foi a análise da parede posterior da igreja, feita de taipas. Houve o restauro, as trincas foram contidas e a estrutura do prédio foi preservada por meio de intervenção com obras executadas pela Prefeitura, com recursos de emenda da Câmara de Vereadores.

Na sequência, foi executada a segunda fase do restauro, com a pintura externa da igreja, custeada por meio de carnês, com doações dos fiéis. “Agora estamos na terceira fase, que está sendo desenvolvida em seis altares de madeira e dois de alvenaria. Já foram restaurados três e estamos trabalhando no quarto. É um trabalho muito delicado, exige bastante perícia e paciência. E realizamos este processo de um modo que não interfira tanto nas atividades da igreja, principalmente aos fins de semana, quando o fluxo de fiéis é muito maior”, enfatizou o padre.

O serviço vem sendo executado pelo marceneiro Miguel Carlos. Ele fica atento aos detalhes da estrutura e quase sempre precisa repetir o processo de lixa e aplicação de produtos, principalmente nos serviços envolvendo alvenaria. “Não tem como prever o tempo de restauro em cada andar. Depende da secagem das camadas, das tintas, da massa”, comunicou o profissional.

A expectativa é concluir os trabalhos até março de 2026. Depois, faltará a quarta etapa, que envolve novo projeto e instalações elétricas, incluindo nova iluminação interna e externa; a quinta fase, com restauro e afinação do órgão e manutenção dos bancos; e a última será o restauro das pinturas.

“Não é possível ainda estimarmos um valor para todo o restauro, porque existem os custos do projeto e os custos da execução. Acreditamos muito na parceria com a Prefeitura, apoio do Conselho, e a dedicação dos fiéis para avançarmos aos poucos e realizarmos todas as etapas necessárias”, justificou padre Kleber.

A Prefeitura continuará dando todo o apoio necessário na captação de recursos. “Queremos o restauro das igrejas e manter viva nossa rica história. Vamos dar total suporte ao que a Igreja e o Conselho indicarem”, concluiu o prefeito Ricardo Piorino.

Igreja São José

Tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Artístico do Estado de São Paulo (Condephaat), a Igreja São José da Vila Real está entre os patrimônios mais simbólicos do município e carrega uma rica história. Sua construção foi iniciada em 1840 e a inauguração ocorreu em 1848. A igreja abriga os restos mortais de 14 pindamonhangabenses que fizeram parte da Guarda de Honra do Príncipe Regente Dom Pedro de Alcântara.

Restauro

Em junho de 2025, o projeto de restauro elaborado e encaminhado ao Ministério da Cultura, por meio da empresa Origem Cultural Ltda., sob a responsabilidade da Paróquia e com total acompanhamento do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, Ambiental e Arquitetônico, foi aprovado pela Lei Rouanet.

O projeto apresentado pela paróquia foi de R$ 2,8 milhões. Deste valor, R$ 154 mil foram obtidos por meio de doações de fiéis, R$ 600 mil via empresa Tenaris, com aprovação do Ministério da Cultura, além de R$ 190 mil em emenda da Câmara de Vereadores, por meio do ex-vereador José Carlos Gomes – Cal. Também houve aporte de R$ 150 mil da Gerdau, e haverá novo aporte conforme a continuidade das tratativas.

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