
Mais do que um feriado religioso ou uma tradição cultural marcada por símbolos como o coelho e os ovos de chocolate, a Páscoa é um tempo que carrega, em sua essência, a ideia de renovação, amor, esperança e reconciliação. Um convite à reflexão sobre quem somos enquanto indivíduos e, principalmente, enquanto comunidade.
Nesse espírito, o jornalismo regional se apresenta como uma ferramenta potente para fortalecer laços e valorizar aquilo que temos de mais precioso: a nossa gente, o nosso povo pindamonhangabense.
Contar as histórias que nascem nos bairros, registrar as conquistas dos moradores, dar voz a quem ainda não é ouvido nos grandes veículos – tudo isso também é um exercício de amor, empatia e cuidado com o outro.
Bell Hooks, pesquisadora e escritora, nos lembra que “o amor é aquilo que o amor faz”. A partir dessa perspectiva, podemos (re)pensar nossos gestos cotidianos e enxergar na prática jornalística – seja em redações, rádios, assessorias ou mídias independentes – a possibilidade de construir pontes. Porque é na vida comum que o extraordinário acontece.
A Páscoa nos recorda que o verdadeiro progresso só é possível com união. Não há transformação social sem escuta, diálogo e respeito. E é exatamente esse o papel do jornalismo regional: ir além dos grandes fatos e iluminar o cotidiano das cidades, com suas belezas, desafios, contradições e potenciais.
Que este seja, também, um tempo para olharmos com mais carinho para os bairros que habitamos, os mercados que frequentamos, os projetos sociais que resistem e as iniciativas culturais que aquecem corações, mesmo diante das adversidades.
É hora de repensar práticas e fortalecer a comunicação comunitária, promovendo pautas que inspirem harmonia, solidariedade e ações coletivas. Um jornalismo comprometido com a verdade e com a transformação social é capaz de conectar pessoas, despertar consciências e abrir caminhos.
Assim como a Páscoa celebra a vida nova, o jornalismo regional pode – e deve – ser um instrumento de recomeço, de esperança e de construção de um futuro mais justo, sensível e afetuoso para todos. Que este seja o tempo de ouvir mais, acolher melhor e contar histórias que toquem, transformem e unam.