O Papo Reto desta semana é com o jornalista e colunista do jornal Tribuna do Norte, Altair Fernandes. Também poeta, trovador, contista e cronista é jornalista diplomado pela Universidade De Taubaté. Atua em nosso jornal desde Em 1993 foi convidado a integrar a APL-Academia Pindamonhangabense de Letras, quadro de membros honorários e, em 1996, passou para o quadro de membros titulares, cadeira nº 20, que tem como patrono o Ministro Pedro Leão Veloso. Divulgação em pauta 8 Pindamonhangaba, 30 DE NOVEMBRO DE 2023 Foi membro fundador da diretoria da UBT-união Brasileira de trovadores – seção de Pindamonhangaba, na qual foi coordenador do Juventrova- concurso estudantil da modalidade poética Trova realizado de 1994 a 2019 com alunos das redes pública e particular, com apoio da Secretária Municipal de Educação e Cultura de Pindamonhangaba. Autor do livro “O menino que virou pipa” e coautor da obra “Voo Inaugural – poesia a oito mãos”.
TN – Qual foi a motivação para seguir a carreira de jornalista? E depois voltar-se para a área histórica?
Fui motivado à carreira jornalística pela própria Tribuna onde ingressei em setembro de 1986 para a função de revisor. De revisor das provas (revisão tipográfica) e das páginas (antes e depois da primeira impressão), era um tempo em que o jornal era composto e impresso em suas dependências, passei a revisar alguns textos de colegas antes de serem enviados à composição. Depois disso já fazia pequenos artigos. Minha primeira reportagem foi como representante do jornal Tribuna do Norte na inauguração de uma nova automotriz da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Convivendo com o romântico, e era romântico o dia a dia de um jornal naquele tempo. O tilintar das linotipos, o som da impressora, as madrugadas adentro atuando no fechamento das edições, o envolvimento amigo com os companheiros de trabalho foi tornando o jornal passou a ser uma grande alegre família para mim. Aí o que não faltou foi motivação pra também se tornar um jornalista. Estimulado pelo então nosso diretor e editor chefe, jornalista Aércio Muassab, prestei vestibular para o curso de comunicação social da Universidade de Taubaté, o concluindo em 1991. Ter optado pelos artigos referentes à história foi por conta do fato de ser um enamorado pelas coisas relacionadas a esta área. Em especial às relacionadas a Pindamonhangaba. Já vinha recordando passagens relacionadas a história e ao município de Pindamonhangaba quando, no início do ano de 1995, o então diretor e jornalista responsável pela Tribuna, sau doso e inesquecível Irani Lima, em comemoração aos 300 anos de emancipação de Pindamonhangaba que seriam comemorados naquele ano, teve a ideia da criação de uma página inteiramente dedicada à história, na qual eu seria o responsável pela elaboração. E lá se vão 28 anos de Página de História.
TN – O que também o fez escrever um livro sobre as vivências da Tribuna do Norte?
O compromisso em escrever um livro contando a história do jornal Tribuna do Norte é a concretização de um sonho antigo. Idealizado na comemoração dos 120 anos da Tribuna, infelizmente, não foi possível tornar-se realidade naquela época. Então resolvi que uma entidade como a Tribuna não merecia que desistissem, ou que eu desistisse assim tão facilmente de sua história. Uma história contada por ela mesmo através de seu próprio arquivo.
TN – Você acha que é preciso incentivar as novas gerações a ler mais? E como fazer isso?
Sobre o incentivo à leitura é impossível não relembrar de minha infância. Nasci em lar humilde, porém que nos proporcionava desde pequenos o contato com os livros. Sendo o quarto filho de Dona Olívia e seu Francisco, tive o privilégio do acesso aos livros escolares de minhas irmãs e aos livros de meu pai, obra básica da Doutrina Kardecista. Daí acreditar que o primeiro estímulo vem do berço. Vem do lar onde se nasce. Agora quanto ao incentivo às novas gerações, acredito que o próprio jornal Tribuna do Norte faz isso. E aqui me refiro especialmente ao encarte “Tribuninha” com suas matérias afins. Creio que a participação das escolas e das entidades culturais do município nesse objetivo é essencial. Que nas premiações, especialmente de concursos infantis, não faltem exemplares de livros e livretos.
TN – Para você é importante fazer parte da APL?
A APL-Academia Pindamonhangabense de Letras, que sempre prestigiou o contato com escolas, e adotou o livro como instrumento de suas premiações literárias,é uma entidade culturalda qual me orgulho de pertencer. Se em um discurso na ABL-Academia Brasileira de Letras, disse o poeta, romancista e jornalista Ledo Ivo que a ABL era um ninho que atraia pássaros das plumagens mais surpreendentes, eu digo que a nossa APL é o vergel florido das letras a espargir eflúvios literários de variada competência…Quanto aos leitores da Página de História do jornal Tribuna do Norte o recado que deixo são três: gratidão, gratidão e gratidão!