A osteopatia pediátrica vem ganhando espaço como uma abordagem terapêutica complementar voltada para bebês e crianças, com base em princípios científicos que consideram o corpo como um sistema integrado. Estudos recentes apontam benefícios significativos em diversas fases do desenvolvimento infantil.
A osteopatia pediátrica é um conjunto de técnicas manuais usadas por profissionais especializados para aliviar disfunções musculoesqueléticas e apoiar funções corporais. Nos últimos anos, surgiram ensaios clínicos e revisões que ajudam a separar a expectativa da realidade, especialmente em prematuros com plagiocefalia, cólica, otite média e asma. A osteopatia pediátrica utiliza técnicas suaves e adaptadas à anatomia infantil, respeitando o ritmo de crescimento e as particularidades de cada fase.
Durante o nascimento, o bebê pode sofrer pressões intensas que afetam sua estrutura craniana e musculoesquelética. A osteopatia atua suavemente para restaurar o equilíbrio corporal e aliviar sintomas que comprometem o bem-estar do recém-nascido.
Desde a dificuldade do parto, a posição intrauterina e a passagem durante o nascimento, podem influenciar a estrutura, principalmente se for usado fórceps ou se o parto for cesariano.
A plagiocefalia, que se caracteriza pelo ‘achatamento” da cabeça, é uma condição que pode ocorrer ao nascimento ou nos primeiros meses de vida, podendo ser tratada com auxílio da osteopatia. Estudos recentes sobre a eficácia da osteopatia mostram redução de assimetria após poucas sessões de tratamento. Orientações do profissional aos pais, com relação a posturas e, se preciso, o uso de capacetes, melhoram ainda mais a condição.
Ainda nas primeiras fases do bebê, as constantes cólicas e o refluxo gastresofágico podem ser tratados através da osteopatia. Existem manipulações suaves que ajudam a aliviar tensões viscerais e a melhora do peristaltismo digestivo. O choro excessivo e distúrbios do sono podem ser sinais do desconforto abdominal.