
Zé Macaco deixa aflito nossa gente honesta e ordeira,
no largo de São Benedito apareceu sexta-feira…
É o gatuno mais ligeiro, leviano, esperto e sutil,
furta galinha e dinheiro e seus furtos já são mil.
Joaquim Seleiro com a vara corre atrás e ajuda o povo.
Passa perto e não repara e o satã foge de novo!
E some-se qual capeta quando alguém quer segurá-lo.
É o homem da capa preta, também ladrão de cavalo.
A gente dormir não pode e os galos cantando estão.
Chame o sargento Bigode, que ele é cabra valentão!
Lá no Norte matou sete com a ponta do canivete.
Corre a notícia ligeira, despertou a cidade inteira.
O Zé Macaco foi preso na rua do Pito Aceso!
Já preso o Zé Macaco, mas na noite desse dia
escapou por um buraco! Outros presos nessa hora
fugiram, foram embora!
A cadeia estava cheia, agora ficou vazia,
e o carcereiro – coitado! – gritou no xadrez trancado:
“Não é macaco, não é! Esse é o Pedro Malazarte
que com o demônio tem parte, é o satanás na cadeia
do Largo São José!!!”









