
Talvez seja a esperança de que, mesmo em meio às incertezas, existe um sentido maior. Fé não é ausência de dúvida, mas a coragem de seguir mesmo quando o caminho não está totalmente claro. É confiar, mesmo sem garantias. É levantar todos os dias acreditando que algo bom ainda pode acontecer.
A fé nasce muitas vezes da dor, da perda, do medo. Mas também brota do amor, da gratidão, da experiência de ver a vida se renovar, mesmo depois do cansaço. Ela se alimenta de gestos simples: uma palavra amiga, um abraço, um “vai dar certo” dito na hora certa.
Fé não é passividade — é força em movimento. É o que impulsiona quem luta, quem recomeça, quem escolhe o bem mesmo quando seria mais fácil desistir. É o que move quem acredita que a mudança é possível, que o cuidado transforma, que a justiça vale a pena.
Cada pessoa vive sua fé de um jeito. Mas, no fundo, o que a move é o desejo profundo de não estar sozinho — de confiar que há algo, ou Alguém, que caminha junto, mesmo no silêncio. E é esse mistério que sustenta a alma em tempos bons e ruins.








