
Há uma força silenciosa que age sobre cada pessoa: a soma dos gestos, das palavras e das decisões que outros depositam em nosso caminho. Muitas vezes, somos empurrados por expectativas alheias, marcados por julgamentos precipitados ou afetados por injustiças que não escolhemos. No entanto, há uma responsabilidade que permanece inteiramente nossa — a de decidir o que fazer com tudo isso.
Não há como escapar do impacto do mundo, mas há como transformar esse impacto em direção. Em vez de permitir que as experiências negativas determinem quem nos tornamos, podemos convertê-las em entendimento, limite ou aprendizado. É um movimento que exige maturidade, porque não se trata de negar a dor, mas de transformá-la em consciência.
Em um tempo que tanto nos dispersa, escolher o que permanece é um ato político e pessoal. É afirmar que, embora não controlemos os acontecimentos, controlamos a narrativa que construímos a partir deles. Cabe a nós impedir que a hostilidade vire destino ou que a passividade se torne hábito.
O que fazem com a gente importa, mas importa ainda mais o que fazemos disso. É nessa escolha que reside a possibilidade de futuro — um futuro que não repete feridas, mas cultiva liberdade.








