Atualmente, na área da fisioterapia nos deparamos com diversas técnicas de tratamento, que podem cuidar de um determinado problema abordando de uma forma tanto física quanto holística. Dentre estas técnicas, uma que aos poucos está sendo mais conhecida no Brasil é a Microfisioterapia. Você já ouviu falar em Microfisioterapia? Em conversa com a colega e fisioterapeuta Dra. Monica Marcelli, ela me explicou melhor do que se trata a técnica.
A Microfisioterapia foi desenvolvida na década de 80, por dois fisioterapeutas osteopatas franceses, Patrice Bénini e Daniel Grosjean. Essa técnica reúne conceitos e estudos de embriologia, filogenia, ontogenia, imunologia, anatomia e física quântica. No Brasil, a Microfisioterapia chegou há quase 20 anos, e tem sido difundida e aplicada em todas as regiões do país.
A Microfisioterapia é uma técnica de terapia manual, na qual o fisioterapeuta avalia o problema e trata através do toque sutil de suas mãos. O fisioterapeuta investiga, através do toque, o corpo como um todo, procurando e identificando as áreas que perderam seu ritmo vital fisiológico. Segundo a técnica, essa perda de vitalidade é decorrente de eventos físicos, químicos ou emocionais, vividos pela pessoa, que impactaram o corpo de tal forma que o organismo não foi capaz de gerenciar, por não reconhecer o agente agressor ou por não ter vitalidade para reagir.
Em outras palavras, a técnica parte do princípio que o corpo carrega memórias de tudo que vivemos ao longo do tempo, inclusive da época gestacional e pré-concepção, tal como um computador, onde tudo fica armazenado. Portanto, traumas vividos, sejam de ordem física, química ou emocional, geram no corpo cicatrizes patogênicas, que não são vistas a olho nu, mas são palpáveis pelo fisioterapeuta bem treinado. Essas cicatrizes são traços de memórias impactantes que geraram a diminuição do ritmo vital, ocasionando um bloqueio, que pode afetar o funcionamento de um órgão, um músculo, ou até o sistema nervoso.
A partir do momento que o fisioterapeuta identifica essas áreas de bloqueio, ele fará estímulos específicos para permitir ao corpo reconhecer a área afetada e iniciar seu mecanismo de autorregulação. Esse é um mecanismo que todo organismo possui, onde consegue se reequilibrar e reorganizar sozinho, mas que devido à fragilidade causada por esses eventos traumáticos, estava sem conseguir se regular sozinho. A função do fisioterapeuta é identificar e interpretar essas áreas de baixa vitalidade (cicatrizes) e estimular o organismo. A partir disso, a correção é feita pelo próprio corpo do paciente.
Por ser um método holístico, que trata o corpo como um todo, a Microfisioterapia pode auxiliar em vários casos clínicos, como sintomas físicos, comportamentais, ou até emocionais, como ansiedade e depressão. A técnica não tem contraindicação e pode ser utilizada por pessoas de todas as idades, inclusive recém-nascidos e gestantes.