Podemos dizer várias coisas sobre o voluntariado brasileiro e hoje quero explicitar alguns desses pontos para vocês, que vivem o voluntariado, e principalmente para aqueles que não vivem o voluntariado.
Aqui cabe uma lembrança: eu me dedico a escrever para os não “convertidos”. Os que já o são, parabéns e sejam bem-vindos à leitura. Porém, procuro ter uma escrita mais coloquial, mais próxima daqueles que ainda não conhecem este universo tão fabuloso que é o voluntariado.
Na minha última coluna, escrevi sobre os benefícios do voluntariado mostrados pela ciência. Portanto, um ponto inicial é este: Ciência. A ciência tem sido uma chave mestra para muitos, sobre o que fazer ou não na sua vida, visto que ela traz respostas concretas e não religiosas ou sentimentais.
Portanto, acho muito interessante quando a ciência se faz presente no voluntariado. Outro ponto importante é outra ciência que hoje se faz presente de forma intensa na nossa sociedade: a ciência da felicidade, que também tem apontado o voluntariado como uma das fontes desta tal felicidade que quase todos buscamos.
Agora, alguns pontos que devemos ter atenção:
O trabalho voluntário deve ser encarado como um trabalho, pois tem horário, data e local para ser executado e terá um resultado se feito corretamente.
O trabalho voluntário não é substituição de colaboradores por mão de obra barata ou de graça; são ações executadas por pessoas preparadas, orientadas e com finalidades definidas, e com a intenção de aumentar ou melhorar o atendimento já existente àquela situação apresentada.
O trabalho voluntário apresenta “ganhos” superlativos para quem executa e para quem recebe, desde que seja feito de forma orientada e preparada por profissionais.
O trabalho voluntário não é remunerado, pelo menos de forma tradicional, com dinheiro ou outro bem, mas sim de forma não palpável, com conhecimento e os benefícios apresentados pela ciência.
O trabalho voluntário é um grande exercício de aprendizado e apoio a organizações sociais e pessoas em vulnerabilidade, com resultados imensuráveis.
O trabalho voluntário tem legislação própria e deve ser regido por profissionais da área para se obter os melhores resultados.
O trabalho voluntário não é caridade. Em primeiro lugar, ele é uma ação da sociedade em prol de uma união de pessoas por um bem comum e um mundo melhor para todos.
Importante ter sempre em mente o que o voluntariado representa para as pessoas, para as OSCs, mas principalmente para o público atendido.