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O poder transformador do voluntariado corporativo e social

Em tempos em que se busca propósito no trabalho e impacto na sociedade, os grupos de voluntariado emergem como forças silenciosas, porém poderosas, dentro das empresas e organizações da sociedade civil (OSCs). Mais do que ações pontuais de solidariedade, esses coletivos representam verdadeiras alavancas de desenvolvimento humano e institucional.

Nas empresas, o voluntariado corporativo é uma ferramenta estratégica de desenvolvimento de colaboradores. Ao se engajarem em causas sociais, os profissionais expandem sua visão de mundo, desenvolvem competências socioemocionais, aprimoram habilidades de liderança, comunicação e trabalho em equipe. É no contato com realidades diversas que nasce a empatia genuína, e é na prática do servir que se fortalece o senso de pertencimento à cultura organizacional.

Colaboradores voluntários tornam-se agentes de transformação — dentro e fora dos muros da empresa.

Além disso, o voluntariado corporativo contribui para a construção de ambientes mais inclusivos e colaborativos. Ao promover o engajamento em ações sociais, a empresa estimula o diálogo entre diferentes áreas, aproxima lideranças de suas equipes e reforça valores como solidariedade, respeito e responsabilidade social. O resultado é uma cultura organizacional mais forte, mais humana e mais conectada com os desafios do mundo contemporâneo.

Já nas OSCs, os grupos de voluntários são motores que impulsionam a organização em múltiplas frentes. Eles trazem inovação, diversidade de pensamento, competências técnicas e redes de relacionamento que muitas vezes extrapolam os recursos internos. Um voluntário pode ser o elo entre a OSC e uma nova parceria, pode contribuir com soluções criativas para desafios antigos, ou simplesmente oferecer tempo e escuta — ativos valiosos em qualquer missão social.

Mais do que apoio operacional, o voluntariado fortalece a governança, amplia o impacto e legitima a atuação da organização perante a comunidade.

É importante destacar que o voluntariado também promove uma troca simbiótica entre indivíduo e instituição. O voluntário cresce, aprende, se conecta com causas que ressoam com seus valores pessoais. A organização, por sua vez, se fortalece com esse capital humano engajado, que atua com paixão e propósito. Essa relação, quando bem estruturada, gera frutos duradouros: projetos mais eficazes, redes de apoio mais sólidas e uma reputação institucional mais respeitada.

O voluntariado, portanto, não é apenas uma prática altruísta. É uma estratégia de desenvolvimento integral. Ele humaniza ambientes corporativos, potencializa talentos, fortalece vínculos e constrói pontes entre mundos que, por vezes, parecem distantes. Em um país como o Brasil, onde as desigualdades ainda são profundas, fomentar o voluntariado é investir em cidadania, em inovação social e em um futuro mais colaborativo.

Que empresas e OSCs reconheçam esse valor e cultivem seus grupos de voluntários como se cultiva um jardim: com cuidado, propósito e visão de longo prazo. Porque onde há voluntariado, há transformação — e onde há transformação, há esperança.

Construindo cidadania

Roberto Ravagnani
Roberto Ravagnani
Roberto Ravagnani é palestrante, jornalista, radialista e consultor. Voluntário como palhaço hospitalar há 17 anos, fundador da ONG Canto Cidadão, consultor associado para o voluntariado da GIA Consultores para América Latina e sócio da empresa de consultoria Comunidea.
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