
Mais de três décadas após sua exibição original, a pergunta “Quem matou Odete Roitman?” voltou a dominar o debate público com o remake de Vale Tudo. O assassinato da icônica personagem de Beatriz Segall, que em 1988 parou o Brasil, hoje movimenta redes sociais, fóruns e plataformas de vídeo, mostrando como uma boa história ainda é capaz de atravessar gerações — e de se reinventar na era digital.
O suspense que antes se resolvia no sofá da sala agora se multiplica em milhares de comentários, teorias e memes. A internet transformou os espectadores em participantes ativos da trama, criando uma coautoria coletiva que molda a forma como consumimos e reagimos à ficção.
Esse fenômeno revela o poder da teledramaturgia nacional, mas também os novos desafios: spoilers, comparações com o original e críticas em tempo real fazem parte do jogo.
A novela deixou de ser apenas entretenimento para se tornar um evento digital, um termômetro da cultura pop e um espaço de memória afetiva. A morte de Odete Roitman, no fim, é mais do que um mistério: é um espelho de como contamos — e recontamos — nossas histórias no Brasil de hoje.








