O Museu Casa da Xilogravura é um patrimônio histórico, com um acervo enorme e sua área de influência não é só regional, mas nacional, quiçá internacional. Ele conserva uma coleção de aproximadamente 8.000 peças de mais de 1.800 autores. Seu núcleo inicial corresponde ao acervo do Prof. Antonio Fernando Costella, ampliado ao longo das últimas duas décadas.
É o único museu em seu gênero no Brasil, permitindo ao público contemplar a trajetória da xilogravura, ao longo do tempo. Também conserva objetos relativos ao universo da impressão gráfica, com destaque para equipamentos de tipografia, linotipia, calcogravura, rotogravura, litografia, off-set e serigrafia.
Dentre os múltiplos autores ali representados, destacam-se, Aldemir Martins, Aldo Bonadei, Carlos Scliar, Darel Valença Lins, Emanoel Araujo, Fayga Ostrower, Francisco Stockinger, Gilvan Samico, Hansen Bahia, Ivald Granato, Lasar Segall, Lívio Abramo, Marcelo Grassmann, Maria Bonomi, Oswaldo Goeldi, Renina Katz, Roberto Burle Max, Tarsila do Amaral e Yolanda Mohalyi. Há um vasto conjunto de xilogravuras orientais, sobretudo da China e Japão. Por fim, há um núcleo de gravuras antigas publicadas por Hans Staden (1525 – 1576), Jean de Léry (1536 – 1613), Hiroshige Ando e o gravurista, pintor, ilustrador, matemático e teórico de Arte alemão, Albrecht Dürer (1471 – 1528).
Há 20 anos, seu proprietário e diretor, Professor Antonio Fernando Costella, hoje com 80 anos, jornalista, escritor, advogado, pintor e gravador paulista, propôs à Universidade de São Paulo – USP que, após o seu falecimento, o Museu seria doado para a Universidade para que esta o assumisse e o mantivesse aberto à visitação e, naturalmente, ampliando seu acervo. Recentemente, Prof. Costella entrou em contato com a USP para seguir com os trâmites, mas, com grande surpresa e frustração, foi informado pelo atual Reitor que a USP não poderá assumir o Museu por questões orçamentárias.
Hoje o Prof. Costella e sua esposa, Professora Leda Campestri, buscam alternativas junto a entidades que aceitem receber o Museu em doação post mortem, com o compromisso de mantê-lo aberto, funcional e operante na cidade de Campos do Jordão, sua origem.
Preocupada com o futuro do museu e seu rico acervo, a Academia Pindamonhangabense de Letras, seguirá apoiando sua coirmã Academia de Letras de Campos do Jordão, acompanhando de perto a evolução da situação do Museu Casa da Xilogravura, um relevante patrimônio histórico-cultural jordanense, mas de significância nacional.
O apoio das Academias de Letras e entidades culturais, reforça a importância da manutenção deste e outros tantos museus da nossa região.
Nosso apoio e divulgação é sobre buscarmos juntos, as possíveis entidades públicas ou privadas, que possam assumir e manter viva esta verdadeira riqueza cultural. Colabore, participe publicando cartas de apoio ao Museu Casa da Xilogravura. No momento, o museu segue funcionando normalmente.
Informações sobre o museu:
https://www.instagram.com/museucasadaxilogravura/
http://www.casadaxilogravura.com.br/visita-ao-museu.php
Para a presidente da Academia de Letras de Campos do Jordão, o Museu casa da Xilogravura é um relevante patrimônio cultural, artístico, pedagógico e de cidadania – não só do município, mas do Brasil e da Humanidade. “O local cumpre integralmente seu papel de conservar, estudar, valorizar e dar visibilidade a milhares de obras de autoria de artistas brasileiros e estrangeiros, contribuindo de maneira decisiva para a formação artística dos frequentadores do local e, de maneira especial, aos alunos das redes públicas de Educação de Campos do Jordão e de cidades vizinhas”, disse a presidente.