O Museu Histórico e Pedagógico Dom Pedro I e Dona Leopoldina está realizando a 1ª Mostra 10 de Julho de Artes Plásticas e Visuais, que estará aberta ao público até o dia 2 de setembro. A mostra conta com a participação de 34 artistas, incluindo aqueles com reconhecimento artístico, formação acadêmica, e também artistas intuitivos, variando entre veteranos e iniciantes. Mais de 80 obras estão expostas, incluindo telas com diversas técnicas e estéticas, fotografias, instalações, esculturas, e cerâmicas.
Tivemos a oportunidade de conversar com dois artistas que têm trabalhos nesta mostra. Um deles é Felipe Callipo, que aprendeu a esculpir em argila com seu pai, Sérgio Callipo. Felipe relembra acompanhar o pai no Salão de Artes 10 de Julho, evento tradicional que celebra o aniversário da cidade. “Meu pai sempre participou, e eu tinha um sonho de um dia também fazer parte, e graças à direção do Museu, isso foi possível”, destacou o artista. Suas obras expostas são inspiradas em Pindamonhangaba, como uma escultura de um índio lutando com uma cobra, remetendo às origens da cidade, um romeiro simbolizando a cultura religiosa local, e uma releitura da Santa Ceia representada por bêbados ao redor de uma mesa de bar.
Conversamos também com a artista Elisângela Silva, que usa o pseudônimo Lica. Ela está expondo duas obras: “Sopro e Dança” e “Mulher: Prazeres Ocultos”. Lica explicou que suas obras utilizam técnicas diferentes: “Sopro e Dança” é uma natureza morta, enquanto “Mulher: Prazeres Ocultos” é uma obra abstrata. Ambas estão acompanhadas de poesias que falam sobre as obras. “Escolhi temas diferentes que refletem momentos distintos do meu interior”, afirmou a artista.
Lica é formada há 20 anos em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Cecília (FASC) e começou sua jornada artística aos 17 anos, quando ainda morava no abrigo para menores Lar Nova Esperança. Ela teve aulas com as artistas plásticas Neila Cardoso e Maria Luiza Bartholomeu e já participou de várias exposições em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba e em São Paulo. Uma de suas obras expostas na mostra, “Sopro e Dança”, já foi premiada três vezes. Além de artista, Lica é professora do estado há quinze anos e estava em processo de produção de telas e poemas antes da mostra.
A ideia da Mostra é promover um encontro entre artistas, proporcionando uma oportunidade para que eles se conheçam e descubram o que está sendo produzido no município, alinhado com a missão do Museu.