
Minha batina – velha em crua guerra!
Infinda em glória, plena de fulgores.
Nunca “te houveram rota na batalha”
Hoje, amanhã – sacrário dos amores.
Antes a morte que servil mortalha!
Banhêm-te d’oiro, acendam-te fogueira,
Aqui, ali, nos campos, na cidade.
Tu só batina, és minha companheira!
Ainda que “te gozem” e riam à puridade,
Nunca te eu deixe, do caminho à beira,
Amiga, anjo da guarda, minha glória!
Quem te não viu, batina esverdinhada,
Úmida de suor, áurea de poeira?
Eras imagem lídima, amassada,
Repara bem: da Nacional Bandeira!
Indo pelo Brasil, amplidão em fora,
Do Rio Mar aos pampas do Chuí,
A pátria exclama: “És glória e aurora!”
Monsenhor João José de Azevedo (1898/1976), jornal Sete Dias, 30 de abril de 1967