
“Daya, Terapeuta da Alma” é psicóloga, idealizadora do Instituto
Daya Shakti
Essa coluna é mais um pedido de prece do que qualquer outra coisa. Um apelo à humanidade. Um apelo à paz. Um apelo ao fim do extermínio das crianças da Faixa de Gaza e a todos os seres vivos que sangram e urram, impotentes, diante da morte, em meio a um genocídio. Um genocídio assistido em silêncio por todos nós! Qual o tamanho da nossa impotência, enquanto indivíduo? Qual a força do grito de vários povos e do embargo econômico coletivo aos países que matam inocentes?
Quão triste é saber que Jesus sofreria, tudo de novo e de novo se estivesse entre nós! Quem seriam os que pediriam a sua morte? E quem de nós, o trairia feito Judas? Não aprendemos e nem avançamos nada enquanto humanidade. Nem antes e nem depois de Cristo. Nem antes e nem depois da 1ª guerra ou da 2ª guerra mundial; nem antes e nem depois da pandemia, nem antes e nem depois de assistirmos crianças com os corpos destroçados em meio a guerra sangrenta e ordinária. Haja desespero e esperança.
Palestina, o mesmo lugar onde Maria deu à luz a Jesus, tem sido palco de uma ATROCIDADE gigantesca e se tornou o lugar do maior número de crianças com membros amputados, se comparada, proporcionalmente, a qualquer outro país do mundo.
E, obviamente, pode ter alguém, neste exato minuto, lendo essa coluna e se perguntando: “o que eu tenho a ver com isso?”; ou “que chatice, não aguento mais esse assunto, dane-se!”; ou “é karma dessas pessoas passarem por isso!”; mas, seja lá qual for o tipo de consciência que habita em você, crença, fé, ideologia ou religião a qual você pertença; há um mandamento de Jesus, encontrado no Evangelho de João, especificamente em João 13:34 e João 15:12 que enfatiza a importância do amor mútuo entre nós. E bastava refletirmos neste único mandamento, para que nos tornássemos humanos. AMOR. AMAR.
Meu coração sangra por todos os inocentes e os de bom coração que agonizam e perdem seus parentes em meio ao genocídio bárbaro que eu assisto, com toda a minha impotência, dor e indignação.
Podem, afinal, as crianças serem terroristas em potencial?? Cabe esse tipo de argumento, por exemplo, para justificar a matança em massa?
O que sabemos, há muito tempo, graças aos estudos científicos, psicológicos, neurológicos e sociais, que crescer num ambiente amoroso tem mais efeito sob um ser humano do que a sua tendência a desenvolver uma psicopatia, embora não exista um “gene da psicopatia”, mas a mesma possa se desenvolver por questões multifatoriais (predisposições genéticas, inclusive; anatomia de certas regiões do cérebro, p. ex) o inverso também é válido: experiências traumáticas na infância, como abuso, e influências ambientais, exercem papel crucial no desenvolvimento de uma psicopatia.
Qual será o ambiente de uma guerra? Vide as crianças atônitas, tremendo de pavor, com os olhos arregalados, coração acelerado que não sabem mais o que é ter uma noite de sono ou um prato de comida!
Vale destacar que a palavra AMBIENTE, de acordo com o Dicionário Aurélio, se traduz por “aquilo que cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas; por todos os lados; é o conjunto de condições materiais e morais que envolve alguém.”
Qual o ambiente de uma guerra, de um extermínio coletivo, de um genocídio?
Eu não sei. Mas, eu assisto todos os dias um pouco e posso imaginar a dimensão do horror, e, portanto, ser empática, orar, pedir e implorar como quem urra e sangra, para que possamos nos unir num único grito: PAZ!