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MAMÃE: UMA NOVA ESTRELA NO CÉU

*Helena Groh de Castro Moura

Nesta linda manhã de domingo, me permiti passear pela estrada da saudade, voltando aos tempos de adolescência. Lembranças brotam, uma alegres e outras tristes, as quais ficarão sempre registradas em nosso coração. A Senhora, mamãe, sempre tentando dar aos quatro filhos do seu melhor, permitindo que cada um escolhesse o seu caminho, pautado no seu exemplo de mulher guerreira, forte e batalhadora.


Não deve ter sido nem um pouco fácil enviuvar aos seus 36 anos e se separar do seu grande amor – papai -, então com 39 anos. A Senhora não esmoreceu, foi à luta ! Recordamos o seu trabalho frente ao nosso tão querido “Bar do Alemão”, firme, para coordenar, sem os recursos tecnológicos atuais, todo aquele imenso local. Problemas haviam muitos: desde fazer um pedido com as melhores mercadorias, pois era necessário, na época, ir à telefônica e esperar, esperar pacientemente, para completar a ligação. Tudo foi superado, até os invernos mais rigorosos quando ninguém queria “tomar chope bem geladinho e no capricho”.


Os tempos passaram, muitas lembranças ainda restam daquele tempo, tudo passa e se renova na Terra… Vindo buscar novos rumos para a sua vida, decidiu ficar ao meu lado (os outros filhos se casaram e ela estava só), encontrou novas estradas norteadas pela sua Fé, sendo acolhida pela “Oficina de Oração”, sendo agora carinhosamente chamada de “Hertinha”, não mais de “Dona Herta do bar do Alemão”.


Por muitos anos participou das aulas de hidroginástica no “Pedrinho”, um momento muito especial para a sua saúde, eu diria, mais mental do que física, pois exercitava mais a língua do que os membros. Valeu, mamãe, assim, a Senhora conseguiu chegar aos seus 93 anos, e saudável ! Vou confessar: só podia dirigir se fosse à hidroginástica, isto às 07:40, tanto no inverno quanto no verão.


Fervorosa, em sua Fé, enquanto podia dirigir – até os 85 anos – não deixava de ir às missas do Lar São Judas Tadeu, em Pindamonhangaba. Detalhe: adorava o café após a missa, pois podia comer o que queria, sem ninguém para controlar !!!


Obrigada, mãe guerreira, repito, pelos exemplos edificantes que nos deu durante sua profícua vida terrena. Com certeza, o céu está em festa, preparado especialmente para a receber de braços abertos! Siga o seu caminho com muita paz e luz! Leva consigo a eterna gratidão de todos: seus filhos, netos, bisnetos, amigos, e todos os profissionais que te ajudaram nesta caminhada.


Dedico estas palavras singelas à Senhora, minha querida mãe! Saudades, infindas saudades!
*A autora é filha de Dona Herta, Professora de Línguas (Português, Inglês e Alemão). Reside em Pindamonhangaba desde 1979.

José Valdez é médico, mestre e doutor pela USP, professor universitário, Magister ad Honorem da Universidade de Bolonha, e Professor Visitante das Universidades de Bonn, Munique, Colônia e Berlim (Alemanha). Professor Convidado da Universidade de Paris V (Sorbonne)

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