
O número de lares com animais de estimação cresce em ritmo acelerado no Brasil, refletindo uma transformação profunda nos vínculos afetivos e nos estilos de vida contemporâneos. Atualmente, mais da metade das casas brasileiras tem ao menos um pet — entre cães, gatos, pássaros ou animais exóticos — reforçando a ideia de que eles não são apenas companheiros, mas membros da família.
Esse aumento não é por acaso. Em tempos de urbanização intensa, rotinas aceleradas e distanciamento social, os pets surgem como fonte de afeto, companhia e equilíbrio emocional. Durante a pandemia, houve uma verdadeira corrida à adoção, com milhares de pessoas buscando nos animais uma forma de suavizar o isolamento.
Além disso, há uma crescente valorização do bem-estar animal, com tutores mais conscientes e dispostos a prover cuidados de qualidade. As redes sociais também impulsionam essa tendência, ao popularizar influenciadores pet e gerar conexões entre comunidades de amantes dos animais.
Mais do que uma moda, ter um pet se consolida como parte de uma cultura afetiva e relacional. E esse movimento tende a se ampliar, acompanhando as novas configurações familiares e emocionais da sociedade atual.