
Com a chegada do outono, as temperaturas começam a cair e o ar fica mais seco, favorecendo o aumento de problemas respiratórios como gripes, resfriados, rinites, sinusites, crises de asma e bronquite. Nesse cenário, a fisioterapia respiratória surge como uma importante aliada para prevenir e tratar essas condições, melhorando a capacidade pulmonar e fortalecendo os músculos respiratórios.
Como a fisioterapia respiratória atua? A fisioterapia respiratória tem como objetivo otimizar a função pulmonar, promovendo uma melhor troca gasosa e reduzindo o esforço respiratório. Ela se destaca entre os tratamentos pulmonares por sua abordagem não invasiva e personalizada, focada na melhora da função e na prevenção de complicações futuras.
Técnicas empregadas na fisioterapia respiratória, entre elas a cinesioterapia respiratória, melhoram a mobilidade da caixa torácica e fortalecem a musculatura respiratória, facilitando a troca gasosa.
Algumas das principais abordagens incluem técnicas de expansão pulmonar, que são exercícios que aumentam a capacidade vital dos pulmões, melhorando a oxigenação dos tecidos; técnica de respiração diafragmática, que estimula o uso do músculo diafragma, permitindo uma respiração mais profunda e eficiente; treinamento muscular respiratório, que fortalece os músculos envolvidos na respiração, reduzindo o esforço necessário para respirar; e técnicas de desobstrução das vias aéreas, como drenagem postural e vibração que ajudam a eliminar secreções, prevenindo infecções.
Essas técnicas são fundamentais para tratar doenças como asma, bronquite e insuficiência respiratória, além de serem eficazes na reabilitação pós-cirúrgica e na prevenção de problemas pulmonares.
A fisioterapia respiratória pode ser realizada em diferentes ambientes, como clínicas, hospitais e até em casa, dependendo da necessidade do paciente. Em casos mais graves, como internações em UTI, o fisioterapeuta é essencial para evitar complicações respiratórias e melhorar a recuperação.
Associada a medicamentos, como broncodilatadores, corticoides e ventilação mecânica, a fisioterapia atua diretamente na reabilitação, promovendo uma respiração mais eficiente.
Além de tratar doenças respiratórias, a fisioterapia pode ser usada como forma de prevenção. Algumas medidas preventivas são beber bastante água, para manter as vias respiratórias úmidas; evitar ambientes secos ou usar umidificadores para reduzir o impacto do ar seco; praticar exercícios físicos e respiratórios regularmente, pois fortalecem os pulmões e melhora a capacidade respiratória.
Seguem algumas dicas de exercícios respiratórios simples, que podem ser feitos em casa:
Respiração diafragmática: técnica que estimula o uso do diafragma para uma respiração mais eficiente. Sente-se ou deite numa posição confortável, coloque uma mão sobre o peito e outra sobre o abdômen e respire profundamente pelo nariz, sentindo o movimento do ar passar até sentir a sua barriga subir;
Respiração com lábios franzidos: ajuda a controlar a expiração e fortalecer os músculos expiratórios. Inspire pelo nariz e expire lentamente pela boca, mantendo os lábios levemente fechados.
Expansão torácica: exercícios que promovem a abertura dos pulmões, prevenindo colapsos parciais. Puxe o ar pelo nariz, elevando os braços acima da cabeça, e solte lentamente enquanto abaixa os braços.
A fisioterapia respiratória é uma ferramenta essencial para manter a saúde pulmonar durante o outono, ajudando na prevenção e no tratamento de doenças respiratórias. Para melhores resultados, é sempre recomendável buscar orientação de um fisioterapeuta especializado.