
A Praça de Alimentação do Festival Tropeiro 2025 foi um dos grandes atrativos do evento, com entidades sociais, restaurantes, ranchos e ambulantes. Com uma diversidade gastronômica que ia desde a tradicional culinária tropeira até doces típicos e lanches variados, milhares de visitantes aproveitaram o espaço durante os quatro dias de festa.
A Prefeitura de Pindamonhangaba estima que o festival tenha gerado cerca de R$ 2 milhões em movimentação econômica. A projeção foi feita considerando que, em média, cada uma das 80 mil pessoas presentes tenha consumido pelo menos R$ 25 em produtos ou serviços oferecidos durante o evento — valor considerado razoável, considerando alimentação, bebidas, souvenirs e outros itens.
O ambiente contou ainda com espaços temáticos como a Fazendinha, com exposição de animais, e o Museu Tropeiro, que expôs e comercializou itens culturais, fortalecendo a tradição tropeira.
Um dos diferenciais desta edição foi a implantação do camarote empresarial, viabilizado por meio do chamamento público nº 07/2025. A empresa vencedora assumiu a gestão do espaço como contrapartida à doação do show do cantor Daniel, que se apresentou sem custos aos cofres públicos. “Esse é um modelo novo de realização de eventos que muitas prefeituras estão adotando como forma de não utilizar recursos do tesouro municipal para a realização de shows de grande porte, e que entendemos ser uma excelente opção”, destacou o secretário adjunto de Comunicação e Eventos, Ricardo Flores.
O impacto positivo foi sentido pelos empreendedores locais. Para Joelson Alves de Azevedo Júnior, responsável pela barraca do Projeto Antonieta, o movimento foi intenso: “A gente já trabalha aqui faz mais de 8 anos, e esse ano está totalmente diferente. Sucesso total. No primeiro dia mesmo a gente trabalhou de um jeito nunca visto antes. Sem parar um minuto. O pessoal está curtindo e consumindo”, disse Júnior.
Marilza, do Café Caipira, também comemorou: “Graças a Deus está muito bom. Já tem um público que me acompanha, e tem sido bastante movimentado. Mesmo com os desafios da economia, o público veio e consumiu. Isso é gratificante para quem está aqui empreendendo”, afirmou Marilza.
Para Lívia Ferreira, da barraca do restaurante O Quintal, a participação no evento foi muito gratificante. “Valeu a pena, o movimento foi muito grande e além das vendas foi uma oportunidade de divulgar nosso restaurante”, destacou.
Na opinião de João Garcia, da barraca do Terra Brasil Sertanejo, o evento foi um sucesso. “Nossas vendas foram muito boas, a estrutura da festa está espetacular, um sucesso. Parabéns à organização”, elogiou.
O tradicional Concurso da Rainha do Tropeiro emocionou o público com histórias inspiradoras e uma disputa marcada por beleza, carisma e conexão com as raízes tropeiras. O título de Rainha do Tropeiro 2025 ficou com Andreza Lobo, de 36 anos, que realizou um sonho de infância ao subir pela primeira vez numa passarela para representar a festa.
“Fui mãe muito jovem e não pude viver isso lá atrás. Quis que minha filha participasse, mas ela me disse: ‘Esse sonho é seu, mãe, por que a senhora não vai?’”, contou Andreza. Incentivada pela resposta da filha, ela se inscreveu na seletiva no último dia, sem contar a ninguém. “Entrei com uma roupa de brilho e um sonho antigo. Nunca tinha participado de nada parecido. Personalizei minha roupa, preparei minha coreografia com muito ensaio, homenageando minha cidade natal, São Luiz do Paraitinga, e minha cidade do coração, Lagoinha, e finalizei erguendo a bandeira de Pindamonhangaba”.
A apresentação de Andreza incluiu dança de catira, símbolos culturais e até uma coreografia ao som de Ana Castela e Daniel, arrancando aplausos e emoção do público. “Quando chamaram meu nome, eu segurei o choro, mas eu já sabia. Era mais que um sonho, era a realização de uma história inteira”, contou, emocionada.
Para o organizador do concurso da Rainha do Tropeiro, Allan Fernandes, a disputa do título foi acirradíssima. “Todos os candidatos se prepararam muito, foi lindo de ver cada detalhe em cima do palco, cada história sendo contada. Foi um verdadeiro espetáculo de cultura, emoção e representatividade. O público se envolveu, torceu e vibrou junto, mostrando que o concurso vai muito além da estética — ele é, sobretudo, um resgate da nossa identidade tropeira”, afirmou.
O concurso aconteceu no Palco 2 do Festival Tropeiro, e contou com uma passarela especialmente preparada para este dia. Os jurados avaliaram critérios como beleza, presença de palco, figurino e expressão cultural. Além da rainha, foram eleitas:
1ª Princesa: Gabriela Ferreira
2ª Princesa: Clécia Daiana
Musa do Tropeiro: Bruna Castro
Garota Country: Mirela Coutinho
Garoto Country: Eric Chiaradia
Simpatia do Tropeiro: Vanessa Melo
Madrinha do Tropeiro: Jéssica Marques
Tradição do Tropeiro: Karol Brito