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FESTIL

Embora já estivesse no coração do Edison Sansil, que “contaminou” alguns amigos, especialmente a Ediléia Salgado, o festival de teatro estudantil começou a se realizar, com o Textandotexto, em 1993. O objetivo principal era de desenvolver e estimular o interesse pela prática teatral no jovem estudante de Pinda.

Impulsionado pelo grande sucesso, mesmo com a descontinuidade do grupo de teatro e a saída dos principais fundadores, o festival teve continuidade, agora sob a direção do “Cadê Otelo?”, sucessor do Textandotexto. E em 1994 o segundo FESTIL aconteceu organizado pela nova direção com o mesmo êxito. Porém, com o acúmulo de atividades do grupo em razão do sucesso de “A Barca do Inferno”, o “Cadê Otelo?” passou a coordenação para o Departamento de Cultura de Pinda.

Bem, a partir daqui reproduziremos o depoimento do Renan Teixeira que tem dirigido a realização do FESTIL.

“Para contextualizar esse acontecimento que é o FESTIL eu devo começar dizendo que ele apareceu na minha vida quando eu ainda era estudante e começava a fazer teatro na minha escola, a Yonne Cesar.

Quando eu me deparei com aquele evento, com o formato do festival, com aquele movimento na cidade, acontecendo em vários dias, com muitos alunos e trabalhos tão diversos vindos de várias cidades; esse intercâmbio, a leitura e debate sobre os trabalhos me impactou confrontando com o trabalho que eu vivenciava e produzia na minha escola. Acrescente-se a isso a riqueza da conversa com os debatedores trazendo novas visões sobre os trabalhos.

Ali comecei a perceber o quanto eu já estava apaixonado pelo teatro e pelo festival. O interesse em aprimorar a qualidade dos trabalhos produzidos aflorou significativamente, assim como a relevância que passei a atribuir ao conhecimento da estrutura, do formato do festival.

Quando eu me aproximei mais da Ediléia, que estava à frente da organização do FESTIL, comecei a observar as dificuldades para que se pudesse produzi-lo: a falta de verba, de pessoas… Foi ao perceber todas essas dificuldades que me dispus a ajudar nessa produção. Apesar da minha inexperiência, existia a bagagem da participação em diversos outros festivais com o Teatryonne que me permitiam opinar e propor ideias. A Ediléia sempre me deu muito espaço e confiança.

Uma característica especial do FESTIL não é só a de constatar a excelência dos trabalhos, mas de acompanhar a evolução dos grupos participantes. Sempre foi muito importante manter, nas apresentações, o teatro cheio, trazer os jovens estudantes para desenvolver o seu interesse pelo fazer teatral. Para isso o estreitamento com as escolas se fez indispensável.

Que os debatedores avaliassem com muito esmero o processo foi sempre uma questão de alta significância. Manter o caráter de premiação foi sempre com o propósito de legitimar os trabalhos apresentados que foram divididos em duas categorias: a de Teatro na Escola, projetos de teatro acontecido no âmbito educacional, sem uma grande finalidade técnica de construção; e a de Escola de Teatro, com uma avaliação mais técnica, com um grau maior de complexidade e de discussão.

O festival que era então de âmbito municipal, ampliou-se para nacional com grupos de escolas de todo o país.

O FESTIL é uma oportunidade para o estudante fazer arte, para as entidades apresentarem o seu cenário de discussão e de criação, para a cidade vivenciar um movimento que enriquece o cenário cultural, é uma oportunidade para o artista vivenciar as emoções que vão além da apresentação do espetáculo assistido, para os debatedores participarem de forma ativa da formação desses grupos, para os grupos enraizarem um projeto potente dentro da instituição, para os gestores e instituições públicas entenderem a dinâmica essencial desse movimento para a educação, para a cultura, para a sociedade, enfim…

O FESTIL me trouxe, de forma muito pessoal, um lugar importante de pensar a credibilidade e eu trouxe isso para mim como pessoa.”

O Teatrando

Alberto Marcondes Santiago
Alberto Marcondes Santiago
Natural de Pindamonhangaba, poeta, contista, letrista, ator, diretor, dramaturgo. Membro titular e Ex-Presidente da Academia Pindamonhangabense de Letras; fundador e Ex-Presidente da Associação Cultural Cootepi (atual Teatro Galpão); Ex-Presidente do Conselho Municipal de Cultura de Pindamonhangaba; fundador e Ex-presidente da Cia. Teatral “Cadê Otelo?” (Ganhadora do Mapa Cultural Paulista, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e do Festival Brasileiro de Teatro, da Funarte e Confenata). Homenageado pelo Conselho Municipal de Cultura de Pindamonhangaba pela atuação nas atividades culturais do município; Ganhador da Medalha do Mérito "Athayde Marcondes" de 2019 - Honraria concedida pela Câmara de Vereadores da cidade à uma pessoa, empresa ou instituição, que tenha contribuído destacadamente para a história e a cultura de Pindamonhangaba. Idealizador e realizador do FESTIPOEMA, que já realizou a sua 14ª Edição; participou da criação e realização do I Fórum Municipal de Cultura (“Um Novo Olhar Sobre a Cultura em Pinda”) e do Encontro de Artes Cênicas de Pindamonhangaba; foi Vice-presidente da Comissão Organizadora do I Conferência Municipal de Cultura de Pindamonhangaba e delegado representante de Pindamonhangaba na Conferência Estadual de Cultura.
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