
O 47º Feste – Festival Nacional de Teatro de Pindamonhangaba terminou nesse domingo (16) após dez dias de programação, 15 apresentações e ações formativas gratuitas em vários espaços da cidade. Ao longo da edição, cerca de duas mil pessoas prestigiaram os espetáculos (público de diferentes idades e de diversas regiões do país), reforçando o festival como um dos principais encontros teatrais do Vale do Paraíba.
Entre os momentos marcantes, “A Barca do Inferno”, releitura de uma peça tradicional e bastante conhecida em Pinda, atraiu público de toda a região e lotou o auditório da Fasc. A encenação foi apresentada em formato de arena, ocupando um corredor central que permitiu à plateia acompanhar a ação de dois ângulos, com os atores no meio, intensificando a proximidade e a experiência crítica do clássico de Gil Vicente.
As oficinas formativas ampliaram o alcance do festival, com capacitação para agentes culturais e interessados, panoramas do protagonismo do objeto em cena, e criações coletivas inspiradas em manifestações populares, trabalhando ritmos, jogos e estratégias de ocupação do espaço público. Gratuitas e abertas ao público, as atividades estimularam a troca entre artistas, estudantes e comunidade, fortalecendo a cena local e formando novos públicos.
Das peças destinadas ao público infantil, destaque para “Maria de uma Rima Só”, que apresenta às crianças a personagem Maria da Silva, uma menina um tanto desajeitada, que compartilha relatos do seu cotidiano com humor, música e poesia. Para a taubateana Alice Diniz, de 8 anos, que foi ao teatro com a prima e a mãe, a peça foi bastante engraçada. “Eu achei a Maria muito esquecida, ficou mil anos esperando pra pegar o trem e ainda perdeu de novo! Eu gostei muito, porque é diferente do cinema: no teatro a gente vê de pertinho, eles falam com a gente e dá vontade de bater palma toda hora. Eu queria assistir de novo”, destacou Alice.
O diretor de Cultura, Paulinho Faria, explicou que, para realizar um evento tradicional como o Feste, os parceiros são decisivos. “A gente não faz um festival desse tamanho sozinho. Contamos com o apoio de diversos parceiros: o Sesc, o Sesi, o Centro de Artes e Ofícios ‘Maestro Fêgo Camargo’, de Taubaté, e a Unifasc, além dos programas de fomento ProAc e Apaa (Associação Paulista dos Amigos da Arte), e de espaços acolhedores como a Casa Patchô. Todas essas parcerias tornaram este evento possível, garantindo a circulação dos espetáculos por toda a cidade”, destachou o diretor.
A secretária de Cultura e Turismo, Rebeca Guaragna, avalia que a reta final consolidou o êxito da edição. “Encerramos mais uma edição do Feste com o coração cheio de orgulho e gratidão. Foram dez dias de encontros, partilhas e muita arte circulando por nossa cidade, reafirmando a potência do teatro como espaço de diálogo, sensibilidade e transformação. Agradeço imensamente à curadoria desta edição — Laila Gama, Victor Narezi, Rafael Gomes e Herica Veryano. Seguimos com ingressos gratuitos porque acreditamos que cultura se faz com portas abertas. Queremos encerrar esta edição celebrando a criação artística, fortalecendo os grupos locais e ampliando o público de Pindamonhangaba para o teatro”, destacou, agradecendo ainda aos técnicos de luz e som (Rafael Gomes, Rodrigo e Neto), ao prefeito Ricardo Piorino e à Secretaria de Comunicação e Eventos, pelo apoio e pela divulgação ao longo de toda a programação.








