No fim de semana consegui me organizar e fui finalmente prestigiar a Flipinda, Feira Literária de Pinda, realizada pelo terceiro ano pela Academia Pindamonhangabense de Letras e diversos apoiadores. Estava muito animada, queria ter ido no primeiro dia mas tudo foi acontecendo e, enfim, fui no sábado, especialmente interessada nas mesas dos clubes de leitura e das academias de letras.
Fui de coração aberto, como fã de literatura, querendo muito aprender, conhecer o novo, ver outros pontos de vista, oxigenar minhas ideias. E gostei muito do que vi. Assisti apenas quatro palestras de um único dia, dentre os três de evento. Mas foi tão bom ouvir pessoas que também amam a literatura, os clubes de leitura, as academias de letras.
Testemunhar a troca de ideias e experiências, ver os olhos dos organizadores brilhando com tanta riqueza de histórias, de conhecimento e de acontecimentos. E o mais bonito, ver que o evento foi realizado pela vontade de fazer. Pelo suor de um grupo super disposto que engajou tantas pessoas a irem também. A fazerem sua parte por maior ou menor que fosse… e isso fez sim muita diferença no resultado final de sucesso da iniciativa.
Parabéns à Academia Pindamonhangabense de Letras, à sua presidente Rhosana Dalle e em nome dela a tantos acadêmicos que estavam lá presentes, participativos, ligados na corrente de positividade e de fazer acontecer. Observadora que sou vi todos lá, sorridentes, suspirando por essa criação coletiva, que segundo soube lá no evento mesmo, veio da imaginação da ex-presidente Ana Maria Guimarães que, com a cara, a coragem e o time, fez a primeira edição sair do papel há três anos.
Presenciei a atual presidente agradecendo um a um pela contribuição que deu, citando pelo menos uma dezena de nomes e achei muito bonito que as glórias do sucesso tenham sido divididas com eles, incluindo a Prefeitura, pela Secretaria de Cultura e Turismo, que estava lá sim, representada pela secretária Rebeca Guaragna e equipe, atuando nos bastidores.
Mas e o conteúdo… que demais! As palestras me inspiraram, me deram muitas ideias, me fizeram rir e sonhar. Que lindas as manifestações culturais e aqueles que se esforçam tanto para mantê-las! Que inspirador conhecer outros clubes de leitura, as histórias das suas representantes, as ações criadas e realizadas, e que fantástico entender a realidade das academias de letras das outras cidades do Vale e ver que as dificuldades muitas vezes são as mesmas, mas que as soluções podem ser criativas e trocadas entre todas.
Foi uma tarde de sábado muito enriquecedora, saí do Armazém da Lagoa energizada e preenchida por saber do trabalho de tantas pessoas e orgulhosa porque minha cidade tem um evento de altíssimo nível como a Flipinda, feito por idealizadores de primeira linha.