
No novo episódio do podcast Fala Mulher, apresentado por Carmem Pamplin (bibliotecária da Biblioteca Rômulo Campos D’Arace) e Angelita Claudino (mediadora dos encontros de leitura), a convidada foi a chefe de cozinha Mariana Camargo, vencedora da edição de 2019 do programa Que Seja Doce, do canal GNT. Na conversa, ela compartilhou sua trajetória de trabalho, as transformações de sua carreira e a experiência de empreender com autenticidade e coragem.
“Hoje eu tenho um buffet aqui em Pindamonhangaba. Até chegar até aqui, eu já tive café, já fui CLT, já passei por várias áreas até chegar no buffet. Hoje o buffet tem cinco anos. Foi uma trajetória difícil, mas a gente foi conquistando um espaço no mercado e hoje posso dizer que temos uma marca consolidada. A gente vai realizando um momento único na vida das pessoas, e tem dado certo”.
Mariana explica que o atendimento personalizado é uma das marcas do negócio. “A gente faz um trabalho bem personalizado para cada noiva. Quando a pessoa chega com uma ideia, a gente tenta absorver de todas as maneiras, conversa várias vezes até chegar num cardápio que agrade os noivos e os convidados. O buffet acaba sendo um item bem importante no contexto do casamento”.
Formada em gastronomia, Mariana sempre se encantou pela confeitaria e trabalhou no Hotel-Escola Senac Campos do Jordão. Quando retornou a Pindamonhangaba, começou a fazer encomendas até abrir um café com a mãe. “A minha mãe foi lá e me inscreveu no Que Seja Doce. Eu levei a minha vó e a gente foi na cara e na coragem. No final, deu tudo certo e a gente acabou ganhando”.
A participação no programa trouxe visibilidade e novos clientes. “Na época deu uma super repercussão no café. Até hoje eu recebo noivas que falam: ‘Ah, você ganhou o Que Seja Doce! Nossa, eu sempre assistia!’. A pessoa se sente sua amiga, e você nem conhece ela”.
Logo depois, veio a pandemia e o fechamento do café. Nesse período, Mariana engravidou e decidiu se reinventar. Ela conta que o início do buffet coincidiu com a chegada da filha, Maria Flor. “Eu lembro que tive que adiantar o meu parto para conseguir entregar uma festa, que foi uma das primeiras do buffet. A Maria Flor tinha quinze dias. Enquanto estava rolando a festa, ela estava dentro do carro com a minha avó e a gente lá na correria”.
O início da maternidade também exigiu adaptações. Mariana recorda esse período com emoção, lembrando o equilíbrio entre o trabalho e a maternidade: “No começo foi bem doído, mas hoje ela já entende”.
Com a maturidade de quem construiu o próprio caminho, Mariana reflete sobre os desafios de ser mulher e empreendedora. “O buffet foi um desafio para mim, e eu tive que crescer junto com a Maria Flor. Nada é impossível. Eu não saio de casa para passear, eu saio para trabalhar. E isso me motiva todos os dias”.








