O estoicismo é uma filosofia que surgiu na Grécia Antiga, por volta do século III a.C., fundada por Zenão de Cítio. Essa corrente filosófica enfatiza a ideia de que a felicidade e a paz interior podem ser alcançadas através do controle das emoções, do desenvolvimento da virtude e da aceitação dos acontecimentos externos como fora do nosso controle.
Os estoicos acreditam que a chave para uma vida boa é viver de acordo com a natureza e a razão, o que envolve reflexão sobre o que está dentro do nosso poder (nossas ações, pensamentos e atitudes) e o que está fora (circunstâncias externas, outras pessoas, etc.). Para os estoicos, a sabedoria consiste em diferenciar entre o que podemos controlar e o que não podemos, focando apenas no que é necessário e nos diz respeito.
Os principais filósofos estoicos incluem Zenão, Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio, cujas obras continuam a influenciar muitas pessoas até hoje, especialmente em momentos de dificuldade e incerteza. A prática estoica envolve a reflexão diária, a meditação sobre a mortalidade e a preparação mental para enfrentar adversidades com serenidade.
Os estoicos acreditam que não podemos controlar os eventos externos, mas podemos controlar nossas reações a eles. Desta forma, a sabedoria estoica reside em distinguir entre o que podemos controlar (nossas atitudes, pensamentos e ações) e o que não podemos (as situações externas). A aceitação desses eventos externos, sem permitir que eles perturbem nosso equilíbrio interno, é central para a filosofia.
A virtude, para os estoicos, é o único bem verdadeiro, e praticá-la leva à Eudaimonia (doutrina que considera a busca de uma vida feliz), ou seja, uma vida plena e feliz. Esse conceito de virtude inclui qualidades como coragem, justiça, sabedoria e temperança. Além disso, a filosofia estoica também valoriza a resiliência e a preparação mental para enfrentar as adversidades, sempre com serenidade e razão.
Um exemplo prático do estoicismo pode ser encontrado em uma situação cotidiana, como perder um emprego. De acordo com a filosofia estoica, essa perda seria considerada um evento fora do nosso controle, algo que não podemos mudar. O que podemos controlar, no entanto, é como reagimos a essa situação. Em vez de se desesperar ou ficar com raiva, um estoico faria uma reflexão sobre a natureza dessa perda, reconhecendo que ela faz parte das incertezas da vida. Ele se concentraria em como agir de maneira virtuosa diante da situação: talvez buscando novas oportunidades, mantendo a calma e aproveitando essa adversidade como uma chance de crescimento pessoal e desenvolvimento da resiliência.
Uma supressão das emoções, ou a arte de não sofrer…