Nós, latinos, de forma geral, passamos por momentos difíceis em nossos países, pois ainda não aprendemos a agir e pensar na coletividade; ainda somos um povo “umbiguista”, que pensa e age de forma individualista.
Mas como assim? Com tantas organizações sociais e voluntários espalhados por aí e você vem me dizer que somos individualistas?
Sim, cara pálida, estou dizendo isto e vou apresentar o MEU ponto de vista. Mesmo com tantas OSC’s e voluntários na América Latina, somos um povo que ainda pensa em si em primeiro lugar. Não está errado, mas a forma que pensa está. Confuso? Espera.
Está correto pensarmos em nós em primeiro lugar, instinto de sobrevivência natural e necessário, mas como nossos atos individuais podem afetar de forma positiva ou negativa a sociedade onde estamos inseridos, esta é a chave para sairmos do individual e passar para o coletivo.
O trabalho voluntário, que é nossa pauta eterna, fazemos de forma individual na maioria das vezes, mas se nos colocamos à disposição da causa de verdade, ajudamos a trazer mais voluntários, mais pessoas para conhecerem a causa, nos tornamos coletivos. Quando realizamos nossa atividade voluntária sozinhos e não espalhamos esta “boa nova”, nos tornamos individualistas (com o mérito de ser voluntário).
As OSC’s (ONG), quando guardam seus projetos para si e não compartilham do seu sucesso, não expandem os horizontes para trazer mais parceiros, não tratam da causa como algo exclusivo seu e que ninguém mais pode fazer ou faz, são individualistas. Quando fazem o inverso, crescem, pois trazem para o coletivo.
Nossa geração está se esfacelando pela política partidária ruim que temos, pelos péssimos exemplos de políticos e governantes que temos, mas ainda nos resta o nosso senso de coletivo, onde todos deveríamos ser melhores, desde que juntos. Nossa educação não ajuda e reforça o individualismo. Será que já não sentimos que este modelo do cuidar somente do nosso próprio “umbigo” não está dando certo?
O voluntariado como ferramenta de transformação tem este poder oculto entre linhas. Quando praticamos e somos convidados a compartilhar nossas experiências, fazer nosso chamamento para outros, é isso que estamos promovendo: a coletividade cuidando da coletividade.
Este é o convite à reflexão e ao voluntariado, pois não existe uma melhor escola de coletividade que esta ferramenta nos propõe, lógico que quando bem administrada e sem os vícios já citados aqui.
Vamos? Mas vamos juntos.