Quem não gosta de um cafezinho com pão de queijo? Eu adoro! Costumo ir a uma cafeteria perto de casa, toda quarta-feira e sexta-feira para saborear um belo café e um delicioso pão de queijo, bater um papo, observar e às vezes até escrever uma crônica.
Aquela quarta-feira, porém, foi muito inusitada. Estava eu sentada na “minha mesa cativa” apreciando meu café e pão de queijo como sempre, quando ouço um burburinho próximo à vitrine de salgados. Duas senhoras discutiam, ambas queriam o mesmo um pão de queijo, pois só restava um.
Elas argumentavam calorosamente. Uma falava mais alto que a outra, gesticulando sem parar “- eu cheguei primeiro” dizia uma, outra retrucava “- não, fui eu que cheguei primeiro, o pão é meu!”.
A balconista, atrapalhada, não sabia o que fazer e informou que a próxima fornada sairia em quinze minutos. Aí que a “coisa” esquentou…
Faço aqui um parêntese: o pão de queijo é considerado patrimônio cultural e imaterial de Minas Gerais, tem até data comemorativa, 17 de agosto, é também símbolo da gastronomia mineira, que se diga de passagem é uma delícia.
Bem, voltemos à cena das senhoras. As duas continuavam a discutir, de repente se fez silêncio. Uma virou-se para a balconista e disse “- quero um croissant de queijo”, a outra retrucou “- eu quero croissant de presunto”.
A briga cessou, o silêncio voltou a reinar e, como antes, na vitrine só sobrou um… um pão de queijo.