Numa edição passada, falamos nesta coluna sobre os mais variados tipos de dor que existem e podem acometer uma pessoa, as suas classificações quanto ao tempo de sintomas, quanto o tecido acometido e sobre os tipos que podem existir. Mas o que isso difere no tratamento?
A resposta é tudo! Quando na avaliação sabemos o tempo de sintoma, o tipo, a permanência, a região, o comportamento, quanto mais informação tivermos, melhor será para tratar o problema e não somente a causa. Toda informação colhida serve para traçarmos melhor nossa conduta, do que deve e pode ser feito e do que deve ser evitado.
Além disso, o saber ouvir o paciente, suas queixas e seus problemas ajudam muito na hora de tratar. A dor, como foi dito, tem um caráter emocional e pode ter fator psicossocial envolvido. Ter empatia na hora de avaliar e tratar podem ajudar muito na hora de solucionar o problema de um paciente.
O caráter emocional envolvido pode prolongar o tempo de tratamento em meses, pois se algo que ocorreu ou está ocorrendo na vida do paciente não for resolvido, ou ao menos contornado, aquela dor pode agravar ou permanecer mais tempo.
O fator psicossocial também é outro agravante, pois em caso de algum afastamento de suas funções, de sua vida e rotina normal, podem trazer danos ao paciente, onde ele precisou se privar de algo que gostava muito ou lhe trazia alegria, devido sua dor. Esses são fatores que se somados, contribuem para mais tempo de tratamento até o retorno às atividades normais da pessoa.
E a empatia no atendimento, onde entra? Como disse, saber ouvir e colocar-se no lugar da pessoa ajuda muito a humanizar o tratamento. A confiança no profissional aumenta, no caso de um exame ou conduta que possa trazer constrangimento serão encarados com maior naturalidade, melhora o estado emocional do paciente e não serão escondidas informações muitas vezes necessárias ao melhor manejo do paciente.
Essa é uma conduta que todo profissional da saúde deveria realizar, pois muitas vezes o paciente já está debilitado por diversas causas (dor, trauma, tristeza, desespero) e agindo desta maneira, o profissional colherá melhores frutos no seu atendimento.
Claro, estou falando de humanização no atendimento em saúde, mas a empatia é algo que todos deveriam realizar no cotidiano, seja um trabalhador da área de vendas, de obras, de educação. Vivemos num mundo onde certas “educações” ou “boas condutas”, como preferir, estão sendo deixadas para trás, infelizmente. Mas não é tarde e podemos resgatar isso, afinal empatia e educação deveriam estar sempre juntas.