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Doar sangue salva vidas!

No mês de junho, tivemos a campanha do Junho Vermelho, que corresponde a campanha para alertar a população sobre a importância da doação de sangue no nosso país, onde muitas pessoas podem se beneficiar do banco de sangue. Segundo dados do Ministério da saúde, apenas 1,4% da população brasileira faz doação de sangue regularmente, o que piora nos períodos de Outono e Inverno, épocas em que há um aumento das infecções respiratórias, as doações ficam em baixa.


A campanha é de fundamental importância para reforçar a ideia na sociedade sobre a importância da doação. É uma forma de sensibilizar as pessoas, além de estimular quem já doou em algum momento a se lembrar da importância de retornar com as doações.


Não existe outro líquido que substituta o sangue, e sem estoque adequado, muitas vidas podem ser perdidas. Todos os dias, acontecem diversas situações que se fazem necessárias o uso de bolsas de sangue, seja devido a traumas provocados por acidentes, cirurgias, queimaduras ou no tratamento de doenças, como pacientes acometidos por leucemias e anemias que precisam de transfusões periodicamente como parte do tratamento.


Mas quem pode doar sangue? Pessoas saudáveis, entre 16 e 69 anos (sendo necessário ter efetuado doações antes dos 65 anos), com peso superior a 50 quilos, sem sintomas gripais e que não tiveram contato com pessoas com suspeitas ou confirmação de Covid-19 recentemente. Quem teve a Covid pode doar dez dias após ser considerado curado. Existem ainda algumas regrinhas para quem quiser doar, como não estar grávida ou amamentando; não ser usuário de drogas; não ingerir bebidas alcóolicas 12 horas antes da doação; não ter relação sexual sem uso de preservativo com pessoas de comportamento de risco, além de ter dormido ao menos 6 horas antes da doação. Atualmente pessoas que fizeram tatuagem e piercing podem ser doadoras após um ano do procedimento.


Homens podem doar sangue a cada dois meses, num máximo de quatro vezes ao ano. Já as mulheres, a cada três meses, sendo o máximo de três doações ao ano. E se você não sabe seu tipo sanguíneo não tem problema, pois o processo classifica o sangue do doador nos quatro tipos existentes (A, B, AB e O), enquanto o Fator Rh determina se ele é positivo ou negativo. Essas informações são essenciais para que as bolsas de sangue sejam destinadas de forma correta ao paciente que irá recebê-las.


Mas como funciona o sangue após de coletado? Após ser coletado, o sangue é fracionado e acontece o processo de separação dos hemocomponentes (plasma, hemácias, plaquetas e crioprecipitado), isso permite que mais de uma pessoa seja beneficiada com uma doação. Após isso, a bolsa fica estocada até o resultado dos exames para a liberação. Por isso, também é importante ressaltar a validade da doação com antecedência, uma vez que, após a coleta, o sangue pode levar até 48 horas para ser liberado.


Sempre vemos nos noticiários a necessidade da doação de sangue, devido à falta nos hospitais. Portanto se você está em perfeito estado de saúde e encontra-se dentro dos parâmetros para doar sangue, procure informação na secretaria de saúde do município sobre o local exato e ajude a salvar muitas vidas.

Dr. José Carlos Nogueira Junior, é Fisioterapeuta formado há 20 anos, possui especialização em Ortopedia e traumatologia, Osteopatia e Acupuntura. É sócio da Azzera Clínica, Clínica multidisciplinar em Pindamonhangaba

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